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Esporádicos Actos de Violência em Dili


Na capital timorense onde continuam a registar-se esporádicos actos de violência, os dirigentes locais prometeram melhorar as condições de segurança. Agentes da policia e tropas estrangeiras conseguiram controlar os confrontos entre grupos rivais, mas os capacetes azuis vão começar a retirar do país. Um novo contingente policial da ONU encontra-se a já a caminho.

Grupos de rufiões armados com pedras e navalhas confrontaram-se durante a ultima semana em Dili, tendo incendiado dez residências e provocando ferimentos em dezenas de pessoas.

O primeiro ministro timorense, José Ramos Horta, anunciou já esta semana que seria reforçado o patrulhamento das ruas da capital, tendo fontes das Nações Unidas anunciado planos para abertura de seis novas esquadras da policia.

A situação em Dili melhorou consideravelmente desde a irrupção, em Maio passado do caos entre facções rivais, durante o qual pelo menos vinte pessoas morreram e 150 mil fugiram das suas casas. Mais de três mil tropas internacionais de paz foram chamadas para restaurar a ordem.

No entanto continuam a registar-se actos de violência, e na sexta feira passada o conselho de segurança do ONU aprovou um plano para enviar, para Dili, no próximo mês, um novo contingente de mil e seiscentos agentes de policia.

A plano foi aprovado mal grado desacordo sobre as tropas australianas que se encontram no país irão ficar sob o comando da nova missão policial das Nações Unidas.

Neil James, da Associação Australiana de Defesa, um instituto de política de segurança, considera que a operação de pacificação da Austrália será muito mais eficaz como apoio militar da policia da ONU.

‘Não estou convencido de que nestas condições especificas em Timor Leste que uma força militar da ONU possa obter mais que não possa ser obtido pela Austrália e as outras nações regionais’.

Enquanto a ONU prepara o envio da força policial, Canberra acelera a retirada das suas tropas. A Austrália tem presentemente cerca de mil e 500 homens, metade do numero inicial enviado, em Maio, para acabar com a violência.

James considera que chegará a altura para que a totalidade das tropas australianas regresse a casa.

‘Terá de existir uma redução da força. Quero dizer, a situação de segurança em Timor Leste não ira exigir o nível de apoio militar que a policia possui agora. Não existe qualquer incentivo para os políticos timorenses resolverem as suas diferenças enquanto existir sempre alguém a vigiar, já que isto é essencialmente um problema político timorense’.

A semana passada, o presidente timorense Xanana Gusmão suspendeu as medidas de emergência que tinham sido introduzidas em Junho para impedir novos actos de violência entre facções rivais.

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