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EUA Pedem ao Sudão para Aceitar Força da ONU


A actual missão de observação da União Africana naquela região está mal equipada e sem fundo suficientes para operar, tendo perdido dois dos seus elementos, mortos numa emboscada no último sábado.

Funcionários do Departamento de Estado, em Washington, apontam para o incidente de sábado como mais uma prova de que a situação se está a deteriorar em Darfur, requerendo o envio rápido de uma força de paz da ONU em larga escala.

Os EUA e a Grã-Bretanha introduziram, na se mana passada, uma resolução perante o Conselho de segurança que irá transformar a actual missão da União Africana numa missão de manutenção da paz da ONU.

Mas, o governo sudanês continua a opor-se à ideia, com o presidente Omar al-Bashir ameaçando resistir energicamente à sua aprovação.

Num comunicado, o porta-voz em exercício do Departamento de Estado, Gonzalo Gallegos, condenou o ataque desencadeado por assaltantes desconhecidos no Norte de Darfur, em resultado do qual foram mortos dois ruandeses, elementos da missão da União Africana no Sudão. Vários outros elementos ficaram feridos.

Gallegos apelou ao governo sudanês para cooperar totalamente com a força de paz da União Africana para prender e julgar aqueles que estiveram por detrás do ataque.

Disse aquele porta-voz do Departamento de Estado que a violência é outro sinal da falta de segurança naquela conturbada região, prejudicando os esforços de fornecimento de ajuda humanitária e sublinha porque é que os EUA e os parceiros internacionais estão a pressionar para o reforço da força de manutenção da paz: “A força da ONU deve ser colocada no terreno sem demora. Apenas uma força da ONU, grande, móvel, com capacidade de reacção rápida e robusta, tendo como base as forças da União Africana, será capaz de travar os combates, de proteger os civis e os trabalhadores das agências humanitárias, permitindo uma continuada e completa implementação do acordo de paz de Darfur e de propiciar um ambiente seguro em que as populações deslocadas internamente e os refugiados possam voltar às suas casas. Nós apelamos ao governo do Sudão para fazer a sua quota parte para permitir que a transição avance”.

O porta-voz do Departamento de Estado apelou também a todas as facções em Darfur para que se contenham e evitem atacar, aceitando as suas responsabilidades ao abrigo do acordo de paz, celebrado na Nigéria em Maio deste ano e o cessar-fogo que o precedeu, em 2004 em N´Djamena.

Elementos do Departamento de Estado têm elogiado o trabalho das forças da União Africana, mas afirmam que aquela força de sete mil homens não dispõe da mobilidade e do equipamento para policiar a enorme área geográfica do ocidente da região sudanesa.

O projecto de resolução britânico propõe o reforço daquela força para mais de 17 mil homens, transformando-a numa operação de larga escala dos “capacetes azuis”.

Os dois países introduziram a resolução na semana passada para forçar o governo sudanês a reconsiderar a sua oposição, quando o mandato da União Africana que termina já no próximo mês.

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