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Eleições : Congressista Pede a Bush Para Abordar Presidente de Angola


O congressista Christopher Smith, republicano do Estado de New Jersey, e presidente do Sub-Comité para África da Câmara de Relações Externas do Congresso dos Estados Unidos, pediu ao presidente George W. Bush para que aborde o presidente José Eduardo dos Santos, a propósito das próximas eleições em Angola.

Numa carta a que Voz da América teve acesso Christopher Smith recorda ao presidente Bush, que há dois anos, o presidente José Eduardo dos Santos disse, no salão Oval, na Casa Branca que as eleições em Angola teriam lugar não mais tarde do que 2006.

Smith constata na sua carta que a promessa do presidente José Eduardo dos Santos poderá não ser cumprida. Neste sentido ele pede a George Bush para que encoraje o presidente de Angola a estabelecer um calendário eleitoral definitivo. “A falta deste calendário parece ser um dos empecilhos ao processo. Claridade no estabelecimento de datas para cada uma das fases é importante não só para os angolanos, como para a comunidade internacional que assim começará o processo de assistência ao governo angolano”.

O sub-comité de que Christopher Smith é presidente realizou recentemente uma audiência dedicada à situação angolana. A audiência destinava-se a entender melhores os desafios que se colocam ao governo de Angola, ao partido no poder e à oposição.

O congressista de New Jersey diz que pelo que se ouviu na audiência, “Angola está bem posicionada para a realização de eleições. O parlamento angolano aprovou um orçamento de 200 milhões de dólares para preparação das eleições; a embaixadora de Angola assegurou-nos que este dinheiro continuará retido até que a preparação das eleições arranque; funcionários do Departamento de estado, e da Agência para o Desenvolvimento Internacional, USAID, disseram também não haver obstáculos intransponíveis à realização das eleições., por conseguinte, Angola tem condições para que se estabeleça uma data para a realização das eleições.

Christopher Smith conclui este ponto dizendo que se “Estados Unidos não se mantiverem firmemente engajados, os angolanos continuarão a ver negado o direito de escolherem os seus representantes”.

Christopher Smith nota também a disposição dos eleitores congoleses que há cerca de duas semanas esperaram em longas horas nas filas para votação. Tendo presente a história da região,” marcada conflitos, a democracia, é a melhor garantia para obtenção de estabilidade definitiva, governação transparente e desenvolvimento económico inclusivo”. Por conseguinte, acrescenta, “as eleições em Angola são matéria de extrema importância não só para Angola, bem como para a região, e para os Estados Unidos”.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo na África sub-saariana, o que a coloca entre os principais fornecedores dos Estados Unidos. Christopher Smith conclui a sua nota dizendo que quatro anos após o termo da guerra, o congresso dos Estados Unidos mantém o seu empenho em ajudar Angola a desfrutar dos benefícios da paz, a conseguir o desenvolvimento económico que merece após décadas de sofrimento, pelo que no seu próprio, “é importante agir agora”.

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