A Amnistia Internacional esta a acusar empresas da Internet de violarem a Declaração Universal dos Direitos Humanos ao trabalharem com censores do governo da China.
A Amnistia advertiu também de que a tecnologia agora a ser usada para censurar a Internet na China pode ser exportada para o estrangeiro.
A Amnistia Internacional criticou a Google, Microsoft e a Yahoo, acusando as três empresas de violarem os direitos humanos e os seus próprios padrões ao trabalharem com censores chineses. O porta-voz da Amnistia Internacional Mark Allison afirmou que a China está a pensar ter os mais avançados controlos da Internet do mundo e que as suas tácticas de censura poderão alastrar-se.
“A nossa preocupação é que o tipo de censura que está a acontecer na China pode facilmente ser exportado para outros países, particularmente se a China se tornar mais poderosa política e economicamente”.
A Amnistia apelou às companhias para resistirem publicamente aos esforços de censura do governo chinês e a fazerem lobby para a libertação de cibernautas dissidentes detidos. Allison disse que as companhias de Internet devem ser mais abertas sobre os seus negócios na China.
“As companhias devem tornar públicos todos os acordos assinados com o governo chinês que tenham implicações para actos de censura da informação”.
Grupos de direitos humanos acusaram a Yahoo de fornecer a funcionários chineses informações sobre o jornalista chinês Shi Tao que levou a sua detenção e a condenação a 10 anos de prisão. A Microsoft baniu algumas palavras dos seus sites em chinês. A Google foi criticada por oferecer um motor de busca a China que bloqueia Web sites opostos aos censores do governo.
As companhias defendam tais praticas argumentando que os utilizadores chineses beneficiam em ultima ánalise do acesso aos seus serviços, apesar desse acesso ser limitado. Mas o porta-voz da Amnistia Internacional diz que e necessário fazer mais.
“Uma serie dessas companhias possuem declarações de principio muito precisas dobre direitos humanos como parte das suas operações. Queremos ver essas companhias porem em pratica essas declarações de principio nas suas operações diárias e investimentos em certos países”.
Como parte da sua campanha contra a repressão na Internet, a Amnistia Internacional esta a promover o seu Web site “irrepressible – dot – info”. A pagina publica exemplos de censura na Internet e encoraja os donos da paginas a copiar material proibido para os seus sites como forma de frustrar os censores governamentais chineses.