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Testar um míssil balístico


A Coreia do Sul tem sido notavelmente gentil nos últimos anos com a Coreia do Norte, preferindo manter um relacionamento com o seu inimigo de longa data em vez de o criticar abertamente sobre o seu programa de armas nucleares e o seu registo de direitos humanos.

Esta semana, contudo, amigos da Coreia do Norte no sul começaram a juntar um coro internacional de vozes advertindo Pyongyang contra planos aparentes de testar um míssil balístico de longo alcance.

O ministro sul-coreano para a Unificação, Kim Dae-Jung, tencionava efectuar uma visita a Pyongyang na próxima semana, seis anos depois da sua cimeira com o líder norte-coreano Kim Jong Il. Mas Jeong Se-Hyun, um antigo ministro que esta a preparar a viagem, anunciou hoje que a viagem está suspensa.

Jeong disse que a perspectiva do lançamento do míssil norte-coreano torna as condições muito difíceis para a viagem se realizar agora. Uma vez que a situação esteja resolvida, disse, a viagem poderá ser reescalonada.

Advertências explicitas contra o teste balístico vieram dos Estados Unidos, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Franca, entre outros países, quando imagens de satélite mostraram os preparativos em curso no local do lançamento do míssil norte-coreano.

O ministro da Presidência do Conselho de Ministros do Japão, Shinzo Abe, repetiu hoje que o teste constituirá uma clara violação das promessas formais que Pyongyang fez a Tóquio e a comunidade internacional.

Desde a cimeira de 2000 entre as duas Coreias, Seul enviou milhões de toneladas de alimentos e fertilizantes para aliviar a escassez alimentar crónica da Coreia do Norte. Grupos humanitários dizem que mais de um milhão de norte-coreanos morreram durante graves condições de fome nos anos 90.

Seul considera a ajuda como um assunto humanitário, completamente separado de assuntos políticos ou estratégicos como a produção de armas nucleares do Norte.

Contudo, um porta-voz do Grande Partido Nacional da Coreia do Sul, na oposição, afirmou que o ministro para a Unificação disse hoje aos deputados que o lançamento do míssil norte-coreano poderá conduzir a uma redução da ajuda alimentar do Sul ao Norte e que a Coreia do Sul não ficará silenciosa se o lançamento se realizar.

A agencia noticiosa sul-coreana YONHAP citou hoje um alto diplomata norte-coreano como tendo dito que a Coreia do Norte está pronta a resolver o assunto do teste balístico através de discussões com Washington.

Mas os Estados Unidos tem recusado manter conversações bilaterais com Pyongyang, afirmando que o fórum apropriado para os dois países se encontrarem são as conversações entre seis países destinadas a por fim ao programa nuclear da Coreia do Norte, que se encontram paralisadas.

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