Na maior vaga de prisões feitas no Canadá desde que a lei Anti Terrorista entrou em vigor, há cinco anos atrás, a polícia canadiana e as forças de segurança prenderam 17 pessoas acusadas de planear fazer explodir três toneladas de explosivos em diversos pontos da cidade de Toronto, a maior cidade do Canadá.
Em redor de um tribunal nos arredores de Toronto foi estabelecido um cordão de segurança quando os 17 indivíduos suspeitos de terrorismo foram apresentados à Justiça.
O Comissário Assistente, Mike McDonell, chefe dos serviços secretos da Polícia Real Montada do Canadá, disse as detenções foram feitas quando se tornou claro que os implicados se preparavam para desencadear os atentados.
Durante uma conferência de imprensa, que teve lugar em Toronto, McDonell mostrou parte das provas reunidas para provar a culpabilidade dos detidos, incluindo o principal combustível a ser utilizado (nitrato de amónia), um fertilizante de uso corrente.
McDonell disse que o grupo encomendou e recebeu três toneladas daquele produto químico para usar em atentados terroristas: ”Se me permitem que ponha isto no seu contexto, o atentado bombista contra o edifício federal Murrah, na cidade de Oklahoma, que, em 1995,matou 168 pessoas foi feito apenas com uma toneladas de nitrato de amónia”.
O Canadá não está imune ao terrorismo, advertiu McDonell. Muito embora estes ataques bombistas tenham sido descobertos na sua fase conspiratória, prosseguem neste momento investigações relativamente a outras ameaças terroristas.
Na mesma conferência de imprensa, o chefe da polícia de Toronto, Bill Blair, sublinhou que a sua força está a investigar ameaças contra o sistema de transportes da cidade.
Os 12 homens e cinco jovens agora detidos e acusados em operações policiais, que tiveram lugar na sexta-feira à noite, têm idades compreendidas entre os 19 e os 43 anos. A sua maioria são cidadãos canadianos, com apelido árabes, residentes em Toronto e arredores.
McDonell descreveu o grupo como sendo inspirado pela Al Qaida, mas, até agora, os investigadores não encontraram qualquer relação entre os conspiradores e a rede terrorista de Osma Bin Laden.
Luc Portelance, director assistente os serviços de secretos e de segurança canadianos,(o CSIS) disse que a ameaça das ideologias defendendo a violência e o assassínio é global: ”Qualquer movimento que tenha capacidade para virar pessoas contra os seu concidadãos é obviamente alguma coisa que preocupa o CSIS”:
Muito embora esta conspiração tenha sido descoberta a tempo, McDonnel tornou claro que a polícia canadiana, bem como as forças de segurança, continuam muito preocupadas acerca do que nó sabem. E o medo era visível na sala do tribunal, durante a audiência, onde havia barreiras metálicas e três postos de controlo da polícia, separando o público da entrada do tribunal, como agentes ostentando metralhadoras M-16 e armas ligeiras.