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Questão Fronteiriça: Israel Dá Prazo de Seis Meses a Palestinianos


Destacada entidades israelitas anunciaram que vão aguardar seis meses antes de decidirem se irão avançar unilateralmente para estabelecer a fronteira definitiva de Israel com a Palestina. Até agora, as autoridades palestinianas tinha evitado afastar-se do rigoroso calendário estabelecido para definir a fronteira definitiva de Israel com os palestinianos, afirmando que o iriam fazer apenas por volta de 2010.

Mas, o ministro da Justiça de Israel, Haim Ramon, disse à rádio israelita que o governo pode avançar mais depressa e demarcar a sua fronteira com a Margem Ocidental até ao fim do ano 2008.

Numa advertência lançada aos palestinianos, aquele ministro disse também que Israel irá esperar apenas até ao fim deste ano para ver se os palestinianos estão na disposição de negociar a fronteira comum. E acrescentou se Israel não vir quaisquer progressos irá avançar unilateralmente.

As declarações foram mais tarde sublinhadas pelo primeiro-ministro Ehud Olmert, que tem insistido que não haverá negociações até que o governo palestiniano controlado pelo Hamas reconhecer Israel. Disse Olmert que prefere negociar com os palestinianos, mas adiantou que não irá esperar mais para que os palestinianos concordem com as condições que lhes foram apresentadas. Disse Olmert: ”Se eles aceitarem aqueles princípios, então muito bem para nós, estamos prontos a negociar. Se esperarmos um mês, dois meses, três meses ou meio ano e não virmos nenhuma mudança, então iremos avançar com o processo, mesmo sem um acordo ou negociações.”

O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, apelou para a realização de conversações directas imediatas entre Israel e os palestinianos, mas as autoridades israelitas dizem que não haverá conversações, a menos que o Hamas concorde com as pré-condições, que incluem o reconhecimento de Israel, o que o Hamas tem recusado.

O negociador palestiniano, Saeb Erekat, disse a jornalistas que os palestinianos estão prontos e dispostos a negociar: ”Bem, estamos em crer que o governo de Israel sabe que têm um interlocutor no presidente Abbas, que está disposto a retomar as conversações sobre o estatuto permanente. Estou em crer que a questão das fronteiras e outras questões, como é o caso do estatuto permanente de Jerusalém e o estatuto dos refugiados têm que ser determinados e decididos através de negociações e não por imposição.”

Ao abrigo de um plano de retirada já tornado público pelo antigo primeiro-ministro Ariel Sharon e adopatado pelo seu sucessor, Ehud Olmert, Israel irá retirar da maior parte dos colonatos na Margem Ocidental. O plano iria concentrar os colonos em três grandes colonatos na Margem Ocidental, demarcando a fronteira de Israel ao longo da controversa barreira de separação.

Os palestinianos condenaram o plano afirmando que equivale a um roubo de terras massivo, que viola a lei internacional.

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