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Rice Pede à Comunidade Internacional Para Intervir Rapidamente em Darfur


A Secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, exortou o Conselho de Segurança das Nações Unidas para actuar rapidamente para travar o genocídio e a crise humanitária em Darfur.

Rice apelou à comunidade internacional, na terça-feira, para que aproveite a oportunidade criada pelo acordo de paz de Darfur, assinado em Abuja, na Nigéria, na semana passada.

Falando durante uma sessão especial ministerial do Conselho de Segurança, a Secretária de Estado americana disse que dois milhões e meio de desalojados de Darfur vivem em acampamentos no Sudão e no Chade constituem um grave desafio humanitário. Rice recordou ao Conselho de Segurança que dezenas de milhar de outros morreram às mãos das milícias árabes pró-governamentais, conhecidas como as Janjaweed.

Disse Rice: ”Os EUA caracterizaram esta cruel campanha de violência como um genocídio. E, na segunda-feira, o presidente Bush reafirmou aquela posição. Com a assinatura do acordo de paz para Darfur, temos agora uma oportunidade real para ajudar a pôr fim ao longo pesadelo que se abateu sobre o povo de Darfur.”

A Secretária de Estado Condoleezza Rice notou que os EUA continuam a ser o maior doador de ajuda humanitária e para as operações de paz em Darfur. Rice qualificou esta crise como um teste à determinação da comunidade internacional para fornecer apoio desesperadamente necessário para um povo vitimizado por três anos de guerra.

”A luta do povo de Darfur — disse a Secretária de Estado -- agita a consciência de todos os seres humanos. Mas, a consciência, por si só, não alimenta pessoas esfomeadas ou salva vidas inocentes nem leva a paz às terras que delas necessitam. Este não é um desafio apenas para África, não é apenas para a América. É um desafio para toda a comunidade das nações e não deve ser encarada de ânimo leve.”

Quem usou também da palavra durante a reunião do Conselho de Segurança foi o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que exortou todas as partes envolvidas no conflito de Darfur que não assinaram o acordo de paz para o fazer. E apelou ao presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, para abandonar a sua oposição a que planeadores militares da ONU visitem o país para se prepararem para, eventualmente, assumir o controlo da actual força de manutenção da paz da União Africana.

Disse Annan: ”A ONU e a União Africana irão fazer uma primeira avaliação da situação no terreno e irão consultar o governo de unidade nacional do Sudão e as outras partes sobre o que é necessário fazer para pôr em prática o acordo de paz. Nesse sentido, escrevi ao presidente Bashir para obter o seu apoio para a avaliação. O seu apoio é vital para esta missão.”

Na terça-feira, diplomatas começaram a trabalhar num projecto de resolução que poderá levar a ONU a controlar a força da União Africana em Darfur. O objectivo é o de estabelecer uma força de paz da ONU de 20 mil homens com capacidade suficiente para patrulhar um território do tamanho da França.

Entretanto, esforços irão ser feitos para fortalecer a força da União Africana e acelerar a ajuda humanitária e a assistência às vítimas.

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