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EUA e França Querem Travar Interferência da Síria no Líbano


Os EUA e a França estão a preparar uma nova resolução, a apresentar ao Conselho de Segurança, sublinhando a continuada interferência da Síria no Líbano.

O embaixador americano junto das Nações Unidas, John Bolton, disse que os EUA concluiram que uma outra resolução deve ser apresentada ao Conselho de Segurança para pressionar a Síria a cumprir os compromissos anteriormente assumidos perante o Conselho.

Os comentários de Bolton foram feitos numa altura em que os 15 países membros do Conselho de Segurança se reuniram para debater o relatório do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, no qual se questiona os esforços da Síria para cumprir as suas obrigações, ao abrigo de uma resolução de 2004, exigindo a retirada de todas as sua forças do Líbano.

O embaixador francês, Jean-Marc de La Sabliére, afirma que o processo de elaborar uma nova resolução já foi iniciado e que poderá ser apresentado ao Conselho de Segurança no início da próxima semana.

O diplomata francês disse aos jornalistas que a resolução foi avançada depois do primeiro-ministro libanês, Fuad Siniora, ter proferido um discurso perante o Conselho de Segurança, na semana passada, durante o qual apelou à Síria para estabelecer relações diplomáticas e delinear a fronteira comum:” Fuad Siniora, quando aqui esteve, estendeu a mão à Síria em relação a duas importantes questões que são também muito importantes para a soberania e independência do Líbano, que é o estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países e a limitação das fronteiras. E é importante a resposta Síria a estes pedidos e nós veremos se são realmente genuínos quando afirmam que são a favor da soberania e da independência do Líbano.”

Na resolução aprovada em Setembro de 2004, o Conselho exigia à Síria que retirasse todas as suas tropas do Líbano e que desmantelasse desarmasse todas as milícias.

Diplomatas ocidentais afirmam que, entre essas milícias, se conta o Hezbollah, que os EUA veem aquele grupo como uma organização terrorista. O Hezbollah, apoiado pelo Irão, manteve-se armado afirmando que necessita dessas armas para defender o Líbano.

O relatório do secretário-geral da ONU, apresentado a semana passada pela primeira vez, acusa o Irão de provocar a instabilidade no Líbano, notando que o Hezbollah tem relações estreitas e contactos frequentes tanto com o Irão como com a Síria.

O embaixador John Bolton disse que a proposta resolução irá apelar também para a cooperação da Síria na investigação das circunstâncias da morte do antigo primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri. A investigação inicial implicava destacados elementos dos serviços de segurança libaneses e sírios.

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