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Conselho de Segurança Aplica Sanções Contra Quatro Cidadãos Sudaneses


O Conselho de Segurança da ONU impôs sanções contra quatro cidadãos sudaneses acusados de terem cometido crimes contra a Humanidade,em Darfur, durante a guerra civil que se arrasta há três anos.

O Conselho votou 12 votos a favor, nenhum contra e três abstenções visando impôr a proibição para viajar e restrições financeiras impostas a quatro indivíduos acusados de terem ajudado a organizar e a levar a cabo atrocidades na região sudanesa de Darfur.

A China e a Rússia, que têm o direito a veto, não usaram essa prerrogativa, mas acabaram por concordar em não bloquear aquela acção. A única nação árabe com assento no Conselho de Segurança, o Qatar, também se absteve.

O embaixador chinês Wang Guangya disse que, muito embora Pequim tenha optado por não usar o seu direito a veto, mantém a sua posição à ideia de aplicação de sanções: ”Claro que queremos apresentar à Justiça quem quer que seja que esteja em contravenção. Mas, creio que as sanções não são a forma de o fazer.”

Os EUA e os países europeus com assento no Conselho de Segurança haviam feito um esforço para ultrapassar as objecções da China e da Rússia. O embaixador americano junto da ONU, John Bolton, saudou a aplicação das sanções como um primeiro passo e sugeriu outros nomes para serem acrescentados à lista:”A resolução de hoje aplicando sanções mostra que o Conselho de Segurança está a encarar a questão a sério e que as suas resoluções têm que ser cumpridas e que está preparado para dar passo no sentido da sua aplicação o que, penso eu, deve ser uma indicação para todas as partes envolvidas no conflito de Darfur de que estamos determinados a encontrar uma resolução pacífica, restaurando a paz e a segurança para o povo de Darfur, que tem sido negativamente afectado pelo conflito”.

Entre os quatro indivíduos nomeados no documento conta-se um general da Força Aérea que comandou as tropas sudanesas em Darfur, o líder de uma das milícias pró-governamentais, conhecidas com as ”Janjaweed” e que são acusadas de terem efectuado operações de limpeza étnica na região, bem como dois líderes de facções anti-governamentais.

As partes em conflito estão neste momento envolvidas em conversações de paz a decorrer em Abuja, na Nigéria, tendo como data limite o dia 30 de Abril, prazo estabelecido pela União Africana e pelo Conselho de Segurança da ONU.

Os que se opõem à plicação de sanções argumentaram que seria melhor esperar o desenlace das conversações a decorrer em Abuja.Mas, o embaixador britânico, Emyr James-Parry, disse que a maioria do Conselho de Segurança acabou por rejeitar aquele argumento.
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