Israel radicalizou a sua posição face ao governo palestiniano liderado pelo Hamas, incluindo a pressão militar sobre aquele movimento palestiniano.
O governo israelita decidiu cortar os contactos com a autoridade palestiniana liderada pelo Hamas, que descreveu como ´´uma entidade hostil´´.
Numa declaração do primeiro ministro israelita, Ehid Olmert, Israel garante que vai trabalhar no sentido de minar a nova governação palestiniana, nomeadamente através da obstaculização de encontros entre os actuais governantes palestinianos e funcionários estrangeiros no quadro de eventuais visitas estrangeiras a região.
Para o ex-diplomata israelita Zvi Mazel, trata-se de uma decisão acertada das autoridades israelitas: ´´Ninguém deve dialogar com o Hamas. O Hamas deve ser pressionado até que mude completamente de posição´.
Tanto Israel como a comunidade internacional têm vindo a exigir ao Hamas que renuncie à violência, reconheça o Estado israelita e que aceite os termos dos acordos de paz, exigências que aquele movimento militante islâmico no poder na Palestina, tem vindo a recusar acatar.
A irredutível posição do Hamas, forcou recentemente os Estados Unidos e a União Europeia a cortarem a ajuda anual à autoridade palestiniana, calculada em vários milhões de dólares .
Zvi Mazel, ex diplomata israelita e da opinião que o Hamas já esperava aparentemente uma postura semelhante por parte de Washington devido, em parte, aos laços estreitos entre os Estados Unidos e Israel, contrariamente aos europeus, que têm sido parceiros tradicionais da causa palestiniana: ´´O Hamas provavelmente pensou que, depois de alguns meses, a Europa, tornar-se-ia menos obstinada. Mas, para sua surpresa -- e eu pessoalmente estou um pouco surpreendido com isto -- a Europa agiu como deveriam ter feito´´.
A decisão de radicalização das relações com as novas autoridades palestinianas começou com a decisão israelita de instalar pecas da artilharia pesada na Faixa de Gaza, isto desde que o Hamas saiu vencedor das eleições palestinianas de Janeiro último.
A ofensiva foi lançada para tentar travar os ataques palestinianos com roquetes contra alvos israelitas, que resultaram já na morte de dois elementos da população civil e 13 supostos militantes extremistas.
O Hamas descreveu o raid militar como um massacre e garantiu que nada fará para travar os militantes aos quais assiste, segundo eles, o direito de resistirem contra a ocupação israelita.