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EUA: Lei da Imigração num Impasse


Os membros do Congresso dos EUA encontram-se de férias parlamentares por um período de duas semanas, com a controversa nova lei de imigração ainda por aprovar.

O presidente George Bush tem recorrido a espaços radiofónicos para reiterar a posição da Casa Branca face à reforma da lei de imigração, isto enquanto um pouco por todo o país, multiplicam-se as manifestações de imigrantes, algo que se espera estender-se ao período dos debates finais da nova lei no congresso dos Estados Unidos.

No último sábado e durante uma intervenção radiofónica, o presidente George Bush acusou os democratas de estarem a usar tácticas parlamentares para retardarem o avanço dos debates no Senado, sobre o novo diploma.

Vários senadores tinham anunciado na última quarta-feira um acordo na mateira, mas os legisladores americanos acabaram por entrar de férias parlamentares na sexta feira, sem que a lei fosse aprovada.

Em declarações a cadeia de televisão americana, Fox News, o presidente da Comissão Judicial do Senado, Arlen Specter, disse que uma solução de compromisso não era definitivamente o que desejariam.

Mas, Arlen Specter manifestou-se convencido de que os legisladores voltarão a pegar na questão, quando regressarem das férias, dentro de duas semanas: ´´Penso que os ânimos irão arrefecer durante as duas semanas de férias. E vai haver, decerto, manifestação de muitas pessoas que não estão satisfeitas com o facto do Senado não ter aprovado o diploma legal e descontentes também com a Câmara dos Representantes.´´

A versão da lei de imigração, aprovada em Dezembro do ano passado pela Câmara dos Representantes, é, de longe, bem mais restritiva do que a nova versão da em debate no Senado.

A Câmara dos Representantes preferiu, no ano passado, colocar ênfase na segurança fronteiriça e no policiamento, enquanto a proposta do Senado contém dispositivos que poderão levar a alteração do actual estatuto de milhões de trabalhadores indocumentados nos Estados Unidos.

Os líderes da Câmara dos Representantes deram, no entanto, indicações de estarem interessados, numa plataforma comum, apesar de muitos membros daquela câmara baixa do congresso americano se oporem à nova versão da lei, que consideram servir apenas para premiar os imigrantes que entraram ilegalmente no país.

Entre os opositores de um tal projecto de lei encontra-se o republicano pelo Estado de Nova Iorque, Peter King: ´´Sei que os senadores não querem que se chame à proposta de lei deles, uma lei da amnistia. Mas é tempo de falarmos claro para o povo americano. E não interessa o que lhe chamemos, porque será sempre um projecto de lei da amnistia.´´

O presidente George Bush rejeitou de forma enérgica que a sua proposta -- que prevê a figura de trabalhador convidado -- represente uma espécie de amnistia para os trabalhadores imigrantes que entraram ilegalmente no país.

Para George Bush, a proposta em questão vai contribuir para aliviar a pressão fronteiriça e está longe facilitar a aquisição de cidadania americana.

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