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Impedir a Infecção pelos Seres Humanos


No final de uma conferencia de três dias sobre a gripe das aves, realizada no Gabão, alguns especialistas ficaram surpreendidos pelo facto de ministros Africanos não terem debatido medidas para impedir a infecção pelos seres humanos.

Os ministros Africanos reuniram para coordenar as iniciativas de suster o alastramento do vírus letal no continente.

Muitos dos participantes na conferencia que decorreu na capital do Gabão, a cidade de Libreville, deixaram o encontro com muitas questões sem terem sido resolvidas.

Embora a totalidade dos participantes na conferencia organizada pela ONU esteja de acordo em ser necessária cooperação para impedir a febre das aves de alastrar pelo continente, muitos ficaram surpreendidos pelo facto de a infecção do seres humanos não ter sido analisada.

O objectivo da conferencia era o de coordenar as iniciativas Africanas para suster o alastramento da estirpe mortal vírus – H5N1 – enquanto tal for possível. Representantes dos 46 estados participantes acordaram no aumento da cooperação, e especial ao longo das suas fronteiras. As medidas incluem a limitação dos galináceos, tanto quanto possível, e o aumento do controle veterinário.

O representante da Nigéria recordou a Voz da América que as terras nigerianas são altamente produtivas, e que o alastramento da febre aviária pela região norte do país afectou sériamente a produção agrícola.

Impedir a infecção pelos seres humanos não foi debatida na conferencia, e vários especialistas sustentam que se trata de um aspecto que deveria ser abordado.

O editor gabonês Desiree Enam afirma-se surpreendido pelo facto ...

‘Acho isso muito estranho. A conferencia abordou a possibilidade de contaminação dos galináceos e das aves, mas não foi dito nada no caso de serem afectados seres humanos...’

Entretanto, e durante o passado fim de semana registava-se, no Egipto a primeira vitima africana. A Organização Mundial de Saúde indicou que o risco de infecção humana em África e tão grande como na Ásia, onde se registou a maioria das mortes, já que muitas pessoas vivem na proximidade das suas galinhas.

O financiamento foi o segundo maior assunto que vários representantes Africanos consideram não ter sido dada resposta. O Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, e a Organização Mundial de Saúde devem fornecer as verbas, embora alguns fundos prometidos não se tenham confirmado. O financiamento global continua a ser uma incerteza.

O principal coordenador da ONU para a febre das aves, David Nabarro, afirmou no encontro que a falta de instalações nos países africanos para realizar os testes essenciais constitui um problema grande. Leva 10 a 20 dias para enviar as amostras para a Europa e conhecer os resultados. Nabarro considera ser um espaço de tempo demasiado longo para activar os planos de controle de emergência.

Os cientistas receiam que o vírus possa mutar possibilitando a transferencia de pessoa para pessoa, provocando uma pandemia global.

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