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Estados Unidos Prontos a Assistir a Indonésia


A secretaria de estado norte americana, Condoleezza Rice, ao concluir uma visita de dois dias a Indonésia, apelou ao governo de Jacarta para que prossiga com as reformas que levaram, o ano passado, a administração Bush a retomar a assistência militar

A decisão da administração americana, destinada a recompensar a Indonésia pelas iniciativas contra o terrorismo e os passos na construção da democracia, tem sido criticada por grupos dos direitos humanos como tendo sido prematura.

Numa intervenção perante o Conselho Indonésio de Assuntos Internacionais, a secretaria de Estado deixou claro que os Estados Unidos desejam mais reformas no sector militar indonésio a fim de eliminar o estigma criado, na década de 90, pelas violações dos direitos humanos em Timor Leste.

‘Os Estados Unidos retomaram os laços militares com a Indonésia, na altura em que o pais escolheu o caminho democrático. Esperamos pela continuação de progresso no sentido de uma maior responsabilidade e a reforma completa das esferas militares. Uma instituição militar reformulada e do interesse de todos na região, pois as ameaças à segurança comum ainda não desapareceram. ’

Tal como fizera nas intervenções anteriores, a secretaria de estado elogiou a Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, como sendo um exemplo de moderação política e de diversidade.

Rice elogiou a Indonésia, onde vivem centenas de grupos étnicos diferentes e de culturas, por ter abandonado o legado de um regime autocrático e por ter sabido enfrentar o que denominou de difícil experiência do desastre com o tsunami do final de 2004.

Condoleezza Rice elogiou igualmente o acordo de paz do ano passado entre o governo e os rebeldes separatistas do Aceh, sustentando que o povo indonésio soube transformar a tragédia inqualificável da região norte da Sumatra num triunfo pela paz.

A secretaria de Estado americana afirmou que os Estados Unidos estão prontos a assistir a Indonésia, tal como fez com a ajuda massiva após o tsunami, nas iniciativas para resolver as ameaças da gripe das aves, a pirataria marítima e prosseguir com o combate contra os grupos terroristas islâmicos regionais como o Abu Sayyef e a Jemaah Islamiyah.

Estes grupos, sublinhou Rice, desejam destruir o dinamismo e as tradições de tolerância e transformar o Sudeste Asiático num circulo de fogo. Rice referiu que os terroristas mataram centenas de indonésios inocentes, muitos deles muçulmanos, e por isso devem ser combatidos ...

‘Esta região sabe que os terroristas têm de ser combatidos com firmeza e os Estados Unidos ajudam nessa luta . Estamos a cooperar com países como a Malásia e Singapura, e ajudar outros como as Filipinas, que tem o desejo de combater o terrorismo mas necessitam de ajuda. A Indonésia esta a apresentar os terroristas a justiça, e estes actos estão a capacitar as populações da região que são detentoras da forca da tolerância. Os cidadãos muçulmanos do Sudeste Asiático estão a unir as tradições islâmicas com os princípios democráticos, e a fazer avançar a esperança de paz nesta região.’

Rice acrescentou que mau grado os progressos na Indonésia e em vários dos países vizinhos, a democracia na região enfrenta ainda o que denominou de opositores determinados, como a Junta militar na Birmânia, que mantém detidas pessoas com aspirações democráticas, como a sua dirigente Aung San Suu Kyi.

‘Uma nação que foi outrora a jóia do Sudeste Asiático encontra-se afastada da experiência moderna da região. Uma economia outrora vibrante falhou. Universidades que atraíram os melhores cérebros asiáticos encontram-se encerradas. O regime birmanes encerra a população do mundo, e rouba-lhes o futuro.’

A secretaria de Estado conclui a digressão na Austrália, onde será recebida pelo primeiro ministro John Howard e outros membros do governo, e participara num dialogo de segurança tripartido envolvendo os Estados Unidos, a Austrália e o Japão.

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