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Empresa Árabe Vai Gerir Principais Portos Americanos


O Secretário para a Segurança Interna dos EUA, Michael Chertoff defendeu um contrato assinado que dá a uma companhia dos Emiratos Árabes Unidos controlo sobre terminais portuárias chave nos EUA.

Críticos daquele acordo, ao nível do Congresso dos EUA, atacaram o acordo recentemente assinado, ao abrigo do qual a empresa governamental Dubai Ports World comprou a companhia de navegação londrina Peninsular and Oriental Steam, uma empresa privada que gere operações comerciais nos seis principais portos americanos.

A venda, no valor de perto de sete mil milhões de dólares, foi aprovada pelo Comité de Investimento Externo nos EUA, no qual têm assento representantes dos Departamentos de Segurança Interna, do Comércio, da Defesa, da Justiça e da Secretaria de Estado.

Michael Chertoff, o secretário para a Segurança Interna, sublinhou que o acordo foi analisado cuidadosamente, muito embora não possa publicamente fornecer detalhes: ”Sem entrar em informações classificadas, o que nós geralmente fazemos quando existem preocupações, é pormos de pé um certo número de condições ou exigências que a companhia tem que concordar para nos certificarmos que as nossas preocupações são satisfeitas. E também aqui, a Guarda Costeira, as alfândegas e os serviços de protecção de fronteiras desempenharam um papel de liderança em nome do nosso departamento em termo de designar as condições e certificando-se de que essas condições serão cumpridas”.

Um grupo bipartidário de senadores e de membros da Câmara dos Representantes apelaram na semana passada ao presidente Bush para que revisse a venda, afirmando que aquele acordo mina a segurança nacional dos EUA.

E notaram que os Emiratos Árabes Unidos serviram de base para os terroristas que tomaram parte no ataques de 11 de Setembro de 2001 contra os EUA. E argumentaram que os Emiratos Árabes Unidos foi um dos três países que reconheceram como legítimo o governo dos taleban no Afeganistão.

Mas, a administração Bush considera agora os Emiratos como um aliado na guerra contra o terror.

O Secretário Chertoff disse à rede de TV NBC estar em crer não ser justo cortar pura e simplesmente o comércio com um determinado país, como é o caso dos Emiratos, apenas por algumas das suas ligações com os atentados do 11 de Setembro. E disse, a propósito, do bombista do sapato: ”Bem, Richard Reid era britânico. E ia fazer explodir um avião. E nós não dizemos que a Grã-Bretanha não pode comprar empresas nos EUA”.

Chertoff adiantou estar em crer que as comissões reviram cuidadosamente o acordo, o qual inclui salvaguardas para reduzir os riscos para os EUA: ”E isto faz parte da necessidade de equilibrar as necessidades de segurança, a nossa maior preocupação, com a necessidade de mantermos um robusto ambiente do comércio”.

Os seis maiores portos americanos englobados por este acordo são Baltimore, Miami, New Jersey, Nova Orelãs, Nova Iorque e Filadélfia.

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