Israel impôs sanções económicas contra a Autoridade Palestiniana, um dia depois do seu Parlamento, liderado pelo grupo militante islâmico Hamas, ter sido empossado passando a controlar a maioria naquela câmara.
O governo israelita decidiu travar o pagamento de 50 milhões de dólares mensais devidos em impostos aduaneiros cobrados em nome da Autoridade Palestiniana. O primeiro-ministro em exercício, Ehud Olmert, disse que Israel não irá lidar com uma organização que procura a destruição do Estado judaico: ”Com o Hamas no poder, a Autoridade Palestiniana tornou-se num regime de terror e Israel não concorda com isso.
O governo israelita exortou os EUA e a Europa a seguirem o exemplo e a cortarem perto de mil milhões de dólares em ajuda anual à autoridade palestiniana.
Ao mesmo tempo, Israel respondeu aos apelos dos EUA e não chegou a tomar medidas mais drásticas, as quais previam um bloqueio económico á Faixa de Gaza. O governo não aceitou as recomendações feitas pelo Ministério da Defesa de impedir milhares de trabalhadores palestinianos e limitar o fluxo de produtos de Gaza para Israel.
Disse o porta-voz israelita Mark Regev: ”Israel não fará nada para impedir a ajuda humanitária ao povo palestiniano”.
O Hamas descreveu as sanções de Israel como chantagem e manteve a sua postura de desafio perante as exigências internacionais para que renuncie à violência e para que reconheça Israel. Abdel Aziz Dukweik, do Hamas, é o novo líder do Parlamento palestiniano. Disse Duweik: ”Vamos continuar a resistir à ocupação e, por vezes, não nos podemos preocupar muito com que o mundo irá dizer”.
O Hamas nomeou Ismail Haniyeh, de 43 anos, para o cargo de primeiro-ministro. Haniyeh é visto como pertencente à ala pragmática do Hamas tendo boas relações com o Fatah, o partido que foi derrotado nas últimas eleições. Haniyeh anunciou que o Hamas irá começar esta segunda-feira, conversações para formar um novo governo.