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Demitiu-se o gabinete palestiniano


O gabinete palestiniano demitiu-se, esta quinta feira, de funções após o grupo militante islâmico, Hamas ter saído vencedor do sufrágio legislativo. O primeiro ministro interino de Israel convocou uma reunião de emergência do governo para debate dos resultados eleitorais.

A demissão do governo palestiniano registou-se após dirigentes do Hamas terem reivindicado a vitória no sufrágio parlamentar.

O primeiro ministro Ahmed Qureia afirmou, após ter apresentado a demissão de funções, que os desejos do eleitorado devem ser respeitado.

‘Esta foi a escolha do povo, e deve ser respeitada. Penso que no caso da maioria ser confirmada ... o Hamas deve formar o novo governo. O presidente deve solicitar ao Hamas para formar um novo governo.’

O presidente Mahmoud Abbas deve solicitar ao Hamas para constituir um novo gabinete, embora não tenha ainda dito quando o fará. Nas semanas que antecederam o sufrágio, Abbas afirmou que poderia demitir-se do cargo, no caso do Hamas obter a maioria dos assentos parlamentares.

Os resultados eleitorais estão a ser encarados como constituindo um verdadeiro terramoto político. As sondagens a boca das urnas indicavam que o partido Fatah manteria uma pequena margem sobre o Hamas.

Dirigentes do Hamas indicaram pretender encontrar uma parceria política com outros partidos palestinianos, e que não tencionam desarmar ou reconhecer Israel, como tendo sido exigido pelos Estados Unidos e a União Europeia.

A secretária de Estado norte americana, Condoleezza Rice, congratulou o povo palestiniano pelo sufrágio que foi pacifico e aparentemente livre e honesto, um sufrágio que demonstra claramente o desejo de mudança.

Rice sustentou que embora os Palestinianos tenham votado na mudança, os Estados Unidos consideram que as suas aspirações pela paz não foram alteradas.

A secretária de estado americana, acrescentou que qualquer novo governo deve assumir os princípios básicos do processo de paz ... se desejar obter a aceitação internacional.

‘Compreendemos ser este um período de transição, mas quem desejar governar o povo palestiniano e obter o apoio da comunidade internacional, tem de se comprometer com a solução de dois estados, deve comprometer-se com o direito de Israel a existência.’

Condoleezza Rice debateu, pelo telefone, o sufrágio com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, o secretario geral das Nações Unidas, e o novo ministro dos estrangeiros de Israel, Tzipi Livni.

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