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Ouattara regressou à Costa do Marfim


Alassane Ouattara, o popular dirigente da oposição, regressou a Costa do Marfim, após três anos de exílio. O antigo primeiro ministro, e acusado pelos apoiantes do Chefe de Estado, de apoiar os rebeldes do norte, já declarou a intenção de concorrer à presidência numas futuras eleições.

Um grupo de dirigentes partidários e de apoiantes acolheu o líder do Partido da Convergencia Republicana, no aeroporto de Abijan, ao fim do dia de quarta feira.

Não foi esta a primeira vez que Ouattara regressou à Costa do Marfim, desde que fugiu para o exílio em Franca há três anos atras, pois já tinha estado no país para o funeral da sua mãe, há algumas semanas atras.

Todavia, e desta feita afirmou que se encontra no país para algo mais do que uma simples visita.

‘Estou de volta, vou estar aqui durante algum tempo, e gostaria de participar no processo político. Gostaria de dar a minha contribuição para a reconciliação.’

Ouattara que é popular entre a maioria muçulmana do norte da Costa do Marfim, foi excluído do sufrágio presidencial de 2000 devido a duvidas sobre a sua nacionalidade. Aquele sufrágio resultou na subida ao poder do actual presidente Laurent Gbagbo.

Nos finais de 2002, os rebeldes ocuparam a metade norte da Costa do Marfim, e o país foi dividido entre o norte controlado pelos rebeldes, e o sul controlado pelo governo.

Apoiantes do presidente acusam Ouattara de prestar apoio ao falhado golpe de estado que deu inicio a guerra civil. O antigo primeiro desmentiu sempre o envolvimento.

Como previsto no processo de paz apoiado pela ONU e a União Africana, o presidente Gbagbo abriu caminho para a candidatura de Ouattara, mas o sufrágio marcado para Outubro foi abandonado em face de ausência de progresso na implementação do plano de paz.

Ouattara indicou ser necessário preparar eleições, um sufrágio democrático num ambiente de paz.

Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU prorrogou o mandato do presidente Gbagbo por mais um ano para permitir tempo para organizar as eleições.

As iniciativas internacionais de mediação sofreram a semana passada um rude golpe quando apoiantes do presidente organizaram quatro dias de manifestações violentas.

O partido da Convergencia Republicana tinha apelado aos seus militantes para não se deslocarem ao aeroporto por razões de segurança.

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