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Hamas Derruba Hegemonia Política da Fatah


Tudo indica que o grupo Hamas se prepara para obter um grande número de lugares nas eleições palestinianas, mas tudo indica que o Partido Fatah irá ser a formação mais votada.

Candidatos de todo o espectro político disputam os 132 lugares em aberto no Conselho Legislativo Palestiniano.

As autoridades eleitorais afirmam que mais de 70 por cento ou mais de mais de um milhão de eleitores foram votar, não obstante a chuva e o vento frio, comparecendo nas mais de mil assembleias de voto.

O jornalista palestiniano Khail Assali disse à VOA a partir de Ramallah que viu um forte sentimento de contentamento entre os votantes:

´´ O povo quer acima de tudo votar. Parece que, para eles, isto é qualquer coisa de que querem fazer parte. Por isso, muitos palestinianos repetiam que estas eleições são como se fosse uma festa de casamento palestiniana, querendo com isso dizer que toda a gente está a celebrar, que toda a gente marcou presença. Isto foi o que me foi dado ver.´´

Um forte resultado por parte do Hamas indicaria que o apelo lançado por aquele grupo para a mudança teria sido ouvido junto de muitos votantes desapontados com a prolongada governação da Fatah, um partido perseguido com alegações de má gestão e de corrupção generalizada.

Estas eleições foram marcadas por uma concorrência sem precedentes e quaisquer que sejam os resultados finais o monopólio que a Fatah detinha do poder foi posto em causa e o Hamas vai entrar para a cena política como uma força com a qual se tem que contar.

Muito embora muitos palestinianos afirmem que a participação do Hamas no processo político é um bom sinal para a democracia outros temem que aquele grupo islâmico possa tentar impôr a sua visão fundamentalista a toda a população.

As eleições estão a ser acompanhadas de perto por Israel e pelos EUA, sendo que ambos consideram o Hamas uma organização terrorista. Israel diz que não irá negociar com o Hamas.

Em Washington, a administração Bush saudou a realização destas eleições, mas reafirmou a sua posição de que não irá negociar com o grupo radical islâmico Hamas.

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