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Assassínios foram a causa principal de mortes


O Comité para a Protecção de Jornalistas, sediado em Nova Iorque, disse que assassínios foram a causa principal de mortes relacionados com o trabalho entre os jornalistas no ano que acabou de terminar. Dos 47 jornalistas mortos em 2005, documentados por aquele Comité, 37 deles, ou sejam, 79 por cento, foram mortos ou para silenciar as suas criticas ou para os punir pelos seus trabalhos jornalísticos.

Um outro grupo de liberdade de imprensa, Repórteres sem Fronteira, sediado em França, coloca os números ainda mais altos no seu balanço anual, afirmando terem sido mortos 63 jornalistas em 2005.

Vinte e dois jornalistas morreram no Iraque, o lugar mais perigoso para os jornalistas trabalharem em 2005. Ann Cooper, directora do Comité para a Protecção dos Jornalistas, afirmou que o campo de batalha não foi o maior perigo no Iraque.

“O perigo é algo diferente daquilo que as pessoas possam pensar. O perigo é que os rebeldes estão actualmente a alvejar deliberadamente jornalistas iraquianos porque são jornalistas, porque estão a ajudar em muitos casos os mídias ocidentais a reportarem o conflito ou estão a trabalhar para órgãos de imprensa locais iraquianos. Simplesmente fazer jornalismo tornou-se incrivelmente terrível no Iraque.”

O Comité para a Protecção dos Jornalistas disse que 60 jornalistas morreram em serviço no Iraque desde que o conflito começou em Março de 2003, tornando-se no conflito mais mortífero para jornalistas nos 24 anos de historia do Comité.

Quatro jornalistas foram mortos nas Filipinas, tornando-a segunda nação mais letal para jornalistas em 2005. O Líbano, Rússia, Bangladesh, Paquistão, Somália e Sri Lanka seguem-se com duas mortes cada.

Este ano, o Comité para a Protecção dos Jornalistas documentou uma tendência há muito manifestada, que mostra que aqueles que assassinaram jornalistas raramente são levados à justiça.

“Isso tem um terrível efeito porque em lugares como as Filipinas ou a Rússia, onde os assassinos ficam impunes, o ciclo de violência continua contra os jornalistas. Isso faz com que responsabilizemos os governos. Eles podem não ser responsáveis directamente pelos assassínios mas são responsáveis pela lei e a ordem nesses países, são responsáveis por verem a justiça feita e se não levarem a justiça aos senhores poderosos ou os criminosos que mataram os jornalistas, estão a reprimir os órgãos de comunicação social.”

De acordo com o relatório dos Repórteres sem Fronteiras, os jornalistas em 2005 foram muito pressionados, enquanto desempenhavam as suas actividades. O grupo afirmou que mais de 800 jornalistas foram presos em todo o mundo, para cima de 1300 foram atacados fisicamente ou ameaçados e 126 estavam detidos em cadeias em 23 países.

O relatório do Comité para a Protecção dos Jornalistas afirma que a China é o país com mais jornalistas presos pelo sétimo ano consecutivo, seguido por Cuba, Eritréia e Etiópia.

Os Estados Unidos foram também criticados por deter em 2005 jornalistas em centros de detenção no Iraque e em Guantanamo.

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