Na Costa do Marfim, os militares enviaram reforços para algumas zonas da cidade de Abijan, após um aquartelamento ter sido alvo de forte barragem de fogo.
O comandante das forças armadas anunciou ter sido restaurada a segurança, mas militares dissidentes indicaram a Voz da América, controlar um campo militar.
O segundo dia do ano de 2006 começou com o som de tiros e os residentes do bairro Riviera em confusão.
Antes das seis horas da manha, começou a ouvir-se fogo de artilharia a partir do campo Akuedo, situado a poucos quilómetros da embaixada dos Estados Unidos.
Circularam noticias de tiroteio num outro aquartelamento das proximidades, bem como na área residencial onde vive o presidente Laurent Gbagbo.
Tanques e veículos blindados circularam pela cidade, e o tiroteio cessou, sendo varias áreas da cidade sido bloqueadas.
Varias horas mais tarde, o comandante do exercito, Philippe Mangou, apareceu nas câmaras da televisão estatal, afirmando estar tudo controlado.
Dizia ele que os assaltantes eram desconhecidos e que estavam vestidos a civil. Por isso, alertou a população para se manter em casa, enquanto decorria o patrulhamento. Desejou bom ano novo aos marfinenses e afirmou esperar que o ano de 2006 fosse um ano de paz.
Alguns estudantes construíram barricadas ajudando os militares a passar busca as viaturas.
Os motins registaram-se poucos dias depois de ter sido constituído um novo governo de unidade nacional para proceder ao desarmamento dos rebeldes do norte e para preparar as eleições nos finais de Outubro. Segundo a mais recente resolução da ONU, o mandato de Gbagbo foi prorrogado por um ano.
A Costa do Marfim encontra-se dividida em duas desde que soldados originários do norte deram inicio, em Setembro de 2002 a uma revolta exigindo igualdade de direitos para os habitantes da zona norte. Tropas da ONU e francesas controlam uma zona tampão entre os rebeldes e o exercito.