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A epidemia se vai alastrando na África Sub-Sahariana


O relatório anual do programa das Nações Unidas sobre o HIV-SIDA, diz que o numero de pessoas atingidas pela enfermidade situa-se agora em 40 milhões de indivíduos - o dobro do que tinha sido há uma década.

Ao publicar o relatório na segunda-feira, hoje, o Director do Programa das Nações Unidas sobre a SIDA, ONUSIDA, Peter Piot, disse que a epidemia se vai alastrando rapidamente na África Sub-Sahariana e que o futuro apresenta-se sombrio noutras regiões do mundo:

‘....o maior alastramento da doença nota-se na Europa Oriental e na Ásia Central, nos países da ex-União Soviética onde a taxa dos seropositivos aumentou vinte vezes em menos de dez anos....vinte vezes...Todavia, cerca de dois terços do aumento de novas infecções à escala global verificou-se na África Sub-Sahariana, sobretudo na África do Sul. Quanto à Ásia, recordem-se que há dez anos, um décimo apenas dos seropositivos viviam na Ásia, hoje o seu número subiu a um quinto...

O relatório das Nações Unidas sublinha ainda que a forma das infecções também mudou, atingindo agora sobretudo a população feminina. Em vários países africanos, diz o estudo, três quartos de toda a população seropositiva é feminina.

Ainda de acordo com o relatório da ONU, o nível do conhecimento acerca do HIV e a forma como é transmitido é também de uma insuficiência alarmante, dado o facto de que muitas pessoas nos países em vias de desenvolvimento vivem com a doença, sem saberem que são seropositivas.

A doença matou mais de três milhões de pessoas este ano, entre as quais metade são jovens de menos de 15 anos de idade, advertindo o estudo que a SIDA vai continuar a matar centenas de milhares de pessoas nos próximos anos.

Todavia, há noticias positivas, afirma o director ONUSIDA. Dois países africanos, o Zimbabwe e o Quénia, registaram um declínio do nível dos seropositivos, este ano. Entretanto, nas Caraíbas, a segunda região mais atingida do mundo, a propagação da doença abrandou :

’...em todos os casos a infecção é associada a profundas mudanças no comportamento sexual, que se notam no uso cada vez mais frequente dos preservativos...se assim for, no futuro iremos registar mais progresso...’

O relatório afirma que o acesso aos medicamentos anti-retrovirais mais baratos melhorou nos últimos dois anos.

As Nações Unidas afirmam que a luta contra a SIDA continua a ser um desafio de imensas proporções, mas que a resposta à escala global adquiriu novo ímpeto, enquanto novas medidas de prevenção estão a tornar-se mais eficientes, podendo ajudar a combater a pandemia à escala global.

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