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Crimes de perjúrio, falsas declarações e obstrução à justiça


O chefe de gabinete do vice-presidente norte-americano Dick Cheney foi acusado dos crimes de perjúrio, falsas declarações e obstrução à justiça, no âmbito das investigações à fuga de informação que permitiu a revelação da identidade de uma agente da CIA. Minutos depois Lewis Libby anunciou a sua demissão.

Libby – visto como uma das figuras mais influentes da actual Administração, envolvido na estratégia que culminou na invasão do Iraque – era apontado como uma das pessoas que terá revelado à imprensa que Valerie Plame, mulher de um antigo diplomata norte-americano, trabalhava para a CIA.

Contudo, o procurador independente Patrick Fitzgerald, que há quase dois anos investiga o caso, não terá conseguido reunir provas para o acusar da divulgação da identidade de um agente secreto, levando o grande júri nomeado para o caso a indiciá-lo por outros crimes igualmente puníveis pela lei federal.

Com base nos testemunhos prestados por alguns dos jornalistas ouvidos durante as investigações, Libby é acusado de um crime de obstrução à justiça, dois de perjúrio e outros dois de falsas declarações aos investigadores. Caso venha a ser condenado pelos cinco crimes, o chefe de gabinete de Cheney poderá ser condenado a uma pena até 30 anos de prisão e ao pagamento de mais de um milhão de dólares em multas.

Libby é acusado de ter mentido quando foi questionado sobre quando e de que forma soube que Plame era agente da CIA e se tinha mantido conversas com jornalistas a este propósito. Segundo o grande júri, o responsável teve acesso à informação através de várias fontes governamentais, incluindo o próprio vice-presidente, e passou alguns destes dados a jornalistas.

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