Um grupo de embaixadores nas Nações Unidas, iniciaram uma série de conversações consideradas cruciais e que visam tentar salvar a cimeira sobre a reforma da ONU, agendada para o próximo mês.
Representantes de 32 países sentaram-se ontem a mesa para e numa corrida contra o tempo, tentarem resolver as grandes diferenças em redor do plano de acção a ser adoptado pelos lideres mundiais quando se reunirem a partir do próximo dia 14 Setembro na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para os debates versando o projecto de reforma da ONU.
A entrada da reunião, o embaixador dos Estados Unidos junto da ONU, John Bolton, disse estar preparado para negociar, o tempo que for necessário:“Estamos atentos a estas negociações. Enviámos hoje uma carta versando a secção dedicada ao terrorismo, uma das secções cuja emenda tentaremos conseguir nestas negociações, expondo as nossas razões. Estamos flexíveis em termos de formato e de processo, mas desejamos um acordo com o grupo dos países não alinhados e negociadores internacionais envolvendo o texto final no seu todo.“
A carta sobre o terrorismo foi posta a circular pelo embaixador Bolton e sugere que qualquer acção da estratégia de contra terrorismo seja adiada até o fim da cimeira, para permitir que a Assembleia Geral tenha tempo para a debater.
A carta pede, por outro lado, alterações na definição do conceito de terrorismo por forma a deixar claro que por terrorismo deve se entender apenas as acções levadas a cabo por terroristas e não por militares que são governados pelas leis internacionais.
Recorde-se que na semana passada, o embaixador John Bolton indispôs os seus colegas embaixadores na ONU, ao submeter um documento, propondo centenas de emendas à pagina 38 do documento.
Para já uma proposta com a qual o grupo dos países do Movimento dos Não Alinhados, representados pela Malásia, Cuba e África do Sul não concordam, por entenderem que o texto na sua globalidade deveria estar aberto a negociações.
Mas muitos embaixadores manifestaram preocupação quanto a eventualidade de muitos assuntos terem que vir a ser deixados de fora, isto a duas semanas do inicio da cimeira.
Os embaixadores em questão, temem que na ausência de uma acordo, o processo de reforma da ONU, venha a ser encarado como um fracasso para os mais de 170 chefes de estado e de governo que estarão reunidos na sede da ONU em Nova Iorque, no acto de comemoração do sexagésimo aniversario daquela organização mundial.
O embaixador do Japão, Kenso Oshima admitiu que as conversações estão mesmo em cima dos prazos estipulados: “O tempo está a ficar curto, mas espero e acredito que, através deste grupo, deste pequeno grupo, a tarefa que tem que ser completada e finalizada venha a ser concluída de forma expedita.“
De realçar que para alem da questão do terrorismo, outros aspectos tais como o desarmamento, a não proliferação, a prevenção de genocídios, o estabelecimento de uma comissão para a edificação a paz, a reestruturação da comissão dos direitos humanos, a simplificação dos procedimentos da ONU e a criação de uma comissão da paz para ajudar os países saídos de conflitos serão outros aspectos em análise nas reuniões do grupo.