Links de Acesso

Um esforço de cinco anos


Os diplomatas classificam as iniciativas norte coreanas de uma ofensiva de benevolência, um esforço de cinco anos destinado a atrair a atenção e a boa vontade do público sul coreano.

Uma década atrás, Pyongyang ameaçara destruição militar a capital sul coreana, Seul. Desde então, a política do engajamento entre o norte e sul mudou. Este mês, uma delegação norte coreana fez uma visita sem precedentes à Assembleia Nacional da Coreia do Sul, o primeiro da serie de gestos de boa vontade durante as celebrações da independência da Coreia, no passado dia 15 de Agosto.

Kim Ki Nam, chefe da delegação da Coreia do Norte, disse que a visita constitui o inicio de uma nova era nas relações norte-sul...

’....diz ele estar a ver o muro que divide as duas nações a desabar. Vamos trabalhar juntos, disse, no fortalecimento dos laços comuns por forma a reunificar a nação coreana...’

Afirmações e eventos como estes, associados a actividades desportivas conjuntas e contactos culturais entre os dois lados podem, na verdade, ajudar a melhorar a imagem de Pyongyang no sul numa altura crucial em que decorrem as negociações das seis nações acerca dos programas nucleares norte coreano parece avançar.

A Coreia do Norte parece esperar que Seul vá apoiar os seus esforços no sentido de reter os seus reactores nucleares para fins pacíficos. Todavia, gerações que assistiram à guerra de 1950,em que a Coreia do Norte invadiu o sul, dizem duvidar da sinceridade da campanha de simpatias de Pyongyang. Outros não concordam, tal como afirma Lin Young Joo, estudante universitário para quem a recente visita a Seul reforça a sua impressão da boa vontade da Coreia do Norte.

Analistas dizem que é precisamente isto que a Coreia do Norte deseja ouvir. Os analistas afirmam que um estudo recente indica que cerca de 60 por cento do sul coreanos são de opinião que o seu governo deve responder positivamente às iniciativas do norte. Entre a gente nova, a taxa é ainda mais alta, ultrapassando os 65 por cento.

Quanto aos Estados Unidos, a questão é diferente. A falta de laços culturais faz com que muitos coreanos se oponham profundamente à presença militar dos Estados Unidos na Coreia do Sul. Na medida em que vão melhorando as relações com a Coreia do Norte, menos sul coreanos ainda sustentam a necessidade de Washington para se protegerem contra o regime estalinista do norte.

Lee Sang-Hyun, Director do Instituto Sejong para Estudos de Segurança em Seul, disse que para a aliança sobreviver, Washington deverá convencer a geração mais nova sul coreana acerca da existência de objectivos comuns entre os dois lados.

A maior preocupação dos Estados Unidos é o receio de Seul continuar a apoiar Pyongyang nos seus esforços para a retenção da capacidade nuclear para fins pacíficos.

XS
SM
MD
LG