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Permitirem que os funcionários da ONU


O chefe da missão das Nações Unidas na Costa do Marfim espera do presidente marfinense, Laurent Gbagbo, uma intervenção, no sentido de se por cobro aos ataques de que o pessoal da ONU, tem sido alvo, naquele país da África Ocidental.

Os responsáveis da missão da ONU, disseram que o presidente tinha prometido reagir aos ataques, imputados a seus apoiantes.

Num comunicado da presidência da republica da Costa do Marfim, difundido na passada semana, o presidente Laurent Gbagbo aconselhava os seus apoiantes a permitirem que os funcionários da ONU, trabalhem sem restrições.

Dias depois, dois observadores militares das Nações Unidas seriam atacados por um grupo de jovens apoiantes do presidente na cidade sulista de Gagnoa. O carro em que seguiam foi destruído e os dois observadores foram forçados na altura a procurar refugio num edifício do governo local da cidade, onde tiveram que aguardar até serem resgatados pelos capacetes azuis do Bangladesh.

O representante das Nações Unidas para a Costa do Marfim, Pierre Schori, disse a Voz da América esperar que o presidente Laurent Gbagbo controle os seus apoiantes, conhecidos como jovens patriotas, grupo que a acusa de responsabilidade no bloqueio a tarefa dos capacetes azuis.

A maior parte dos jovens que integram o grupo, são desempregados e tem aderido em massa às violentas manifestações de rua registadas na Costa do Marfim e são contra o envolvimento da antiga potência colonial, a Franca, no processo de pacificação da Costa do Marfim.

‘Abordei esta questão directamente ao presidente, numa conversa seria que mantivemos e recebi garantias dele, e dos seus ministros que deploraram a situação... e todos prometeram dirigir-se a população, informando-lhes que estamos no país a seu convite, estamos aqui para apoiar o processo de paz e pessoalmente, a minha conclusão é esta : só dirigindo-se directamente aos jovens patriotas, que são os seus seguidores, conseguir-se-ia por cobro a situação.’

Pierra Schori disse ainda que alguns elementos das forças de defesa da Costa do Marfim tem igualmente obstruído a tarefa da missão de manutenção de paz da ONU, para aquele pais.

No mês passado, os capacetes azuis da ONU, foram bloqueados, primeiro pelas forças do governo e depois por aldeões locais, de terem acesso à cidade de Agboville, onde deveriam investigar informações de ocorrência de massacres na localidade.

Um jornal marfinense tido como próximo do presidente Laurent Gbagbo tem vindo nas ultimas semanas, a assumir posições hostis à presença das Nações Unidas no país. Por seu lado, os jornais afectos a oposição, acusam os apoiantes do presidente Gbagbo de tentarem obstruir o processo eleitoral, cuja votação esta agendada para Outubro próximo.

Pierre Schori, representante especial das Nações Unidas é entretanto da opinião, que a maior parte dos marfinenses, não vê com maus olhos a presença da ONU, no país.

‘Isso é um sentimento profundo de simpatia do povo da Costa do Marfim para com as Nações Unidas. Vejo, e sinto, que a nossa presença é apreciada aqui, basicamente por razoes de segurança, mas também pelo numero de projectos humanitários e de ajuda que temos em implementação.’

Cerca de seis mil capacetes azuis da ONU e quatro mil soldados da Franca estão estacionados na Costa do Marfim, sob um mandato de supervisão do cessar fogo entre as forças governamentais que controlam a parte sul do país e os rebeldes que controlam o norte.

O mandato da missão da ONU prevê ainda o apoio ao governo, no processo de desarmamento e na desmobilização, assim como na preparação das eleições agendas para Outubro próximo.

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