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Garang empossado como primeiro vice-presidente


Durante anos o líder do Exercito de Libertação do Povo do Sudão, John Garang e o presidente Omar al-Bashir foram inimigos acérrimos, bombardeando e atacando-se mutuamente em batalhas através do sul do Sudão.

No sábado, os dois indivíduos tornaram-se colegas na cidade de Cartum, Garang foi empossado como primeiro vice-presidente, abrindo uma era de colaboração intima com Bashir.

As duas individualidades assinaram a constituição transitória do Sudão, que define como a nova administração vai governar nos próximos seis anos.

Stephem Missa Dhunya, antigo parlamentar, conversou com a Voz da América, durante a cerimonia.

'Estou muito feliz. A constituição vai permitir que todos os sudaneses tenham paz. Sofremos muito ... Penso que com o acordo de paz e a nova constituição, poderemos recuperar, e construir aquilo que perdemos.'

Dhunya referiu que nos próximos dias, Bashir e Garang vão designar os membros do novo parlamento.

O novo governo e a constituição transitória decorrem de um acordo de paz que o governo sudanes e o grupo rebelde do sul assinaram no inicio deste ano, pondo termo a quase 22 anos de guerra que matou dois milhões de pessoas e deslocou mais quatro milhões de outras.

O conflito colocou o norte maioritariamente muçulmano, árabe contra o sul maioritariamente negro, cristão e animista, e envolveu batalhes pelo acesso a petróleo, bem como questões religiosas e culturais.

O acordo define a forma como as duas partes vão partilhar o poder e as riquezas, conduzir os sistemas de segurança, bem como outros acordos.

Após seis anos, os sulistas podem decidir, através de referendo, se querem, ou não, permanecer no Sudão.

Muitos dignatários estrangeiros participaram nas cerimonias de sábado, incluindo o secretario geral da ONU, Kofi Annan, o dirigente da Liga Árabe, Amr Moussa, o presidente queniano, Mwai Kibai, e secretario de Estado adjunto dos Estados Unidos, Robert Zoellick.

Adam Ereli, ao adjunto do porta voz do Departamento de Estado, afirmou a Voz da América, que e embora a cerimonia de sábado seja uma resolução importante e significativa de um conflito, muito permanece por fazer.

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