Links de Acesso

Quinto aniversario da cimeira de 2000


Norte-coreanos entoaram hoje a frase “Benvindos irmãos” a uma delegação sul-coreana em Pyongyang, por ocasião do quinto aniversario da cimeira de 2000 entre o presidente sul-coreano Kim Dae-Jung e o líder norte-coreano Kim Jong Il.

O primeiro-ministro norte-coreano Pak Jong-Ju afirmou que as duas Coreias devem seguir em frente com o seu espirito de cooperação e que as celebrações da cimeira fizeram todos os coreanos sentir que somente a unificação os aguarda.

Contactos políticos e económicos aumentaram depois da cimeira de 2000. Varias centenas de famílias separadas foram autorizadas a manterem breves encontros e mais sul-coreanos tiveram a oportunidade de visitar o Norte.

O antigo embaixador dos Estados Unidos na Coreia do Sul, Donald Gregg, disse esta semana em Seul que o aumento de contactos tem mudado as percepções dos sul-coreanos.

“O Norte tornou-se menos uma ameaça perpetua beligerante e começou a ser visto como um filho pródigo ou um irmão há muito tempo caído em tempos difíceis. O senso de perigo atenuou-se e um sentimento de consanguinidade emergiu.”

O antigo deputado conservador Lee Shim-Bom afirmou que essa mudança de percepção tem complicado os esforços para enfrentar problemas que a cimeira de 2000 não resolveu, tais como o programa de armas nucleares da Coreia do Norte.

Lee adiantou estar com receio de que hajam novas divisões entre os seis países que tentam controlar as capacidades em armas nucleares da Coreia do Norte.

Os Estados Unidos, Coreia do Norte, China, Japão e Rússia estão a espera de acabar o boicote de um ano da Coreia do Norte sobre negociações nucleares. Pyongyang afirma que ira continuar a aumentar o seu arsenal nuclear apesar de promessas anteriores de permanecer livre de armas nucleares.

A administração Bush disse estar empenhada numa resolução diplomática, mas tem dito que “outras opções” poderão ser necessárias de persistir a teimosia da Coreia do Norte. Entre essas outras opções esta o envolvimento das Nações Unidas. Funcionários americanos afirmaram também que não ficarão calados sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, que se julga ser uma das piores do mundo.

O governo da Coreia do Sul, influenciado fortemente pela política de reconciliação que conduziu a cimeira de 2000, esta hesitante em pressionar a Coreia do Norte ou a discutir o seu registo de direitos humanos. Pelo contrario, tenta de uma forma diplomática fazer com que Pyongyang regresse a mesa das negociações sobre o seu programa nuclear.

XS
SM
MD
LG