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O vulgar pão de forma não está disponível


Uma volta pelas padarias em Harare irá mostrar vários pães especiais e outros produtos de pastelaria nas suas prateleiras, mas na maior parte das vezes o vulgar pão de forma não está disponível. A razão deve-se ao seu preço ser controlado pelo governo.

Um membro da Associação dos Padeiros que falou a VOA sob anonimato disse que a maioria das pequenas padarias prefere fabricar pães especiais e outros produtos com nomes engraçados, onde não existe controlo de preços, em vez do pão de forma e perder dinheiro.

Acrescentou não ser económico fazer pão de forma, que se vende ao preço oficial equivalente a meio dólar norte-americano. Disse também que o preço precisa ser duplicado para os padeiros terem lucro. A Associação dos Padeiros pediu ao governo autorização para aumentar o preço do pão para um nível económico.

O membro da Associação dos Padeiros disse também que o governo esta a importar trigo e que não há falta do produto. Mas adiantou não estar garantido um abastecimento regular de trigo uma vez que o país enfrenta uma falta crónica de divisas estrangeiras.

O Zimbabwe precisa de 400 mil toneladas de trigo por ano, mas nunca produziu essa quantidade. Um porta-voz da Agricultura disse que a mais elevada produção de trigo no Zimbabwe ocorreu em 1998 com 350 mil toneladas. Em 2003, foram produzidas menos de 150 mil toneladas de trigo, resultando numa grave falta de pão.

A produção diminuiu devido à seca e ao algumas vezes violento programa de reforma agraria do governo de Robert Mugabe lançado em 2000. A falta de capital para a aquisição de equipamento e materiais agrícolas tem contribuído também para uma drástica queda na produção agrícola no Zimbabwe.

Entretanto, o Serviço Central de Estatística do Zimbabwe informou que o índice de inflação em Maio foi de 144 por cento comparados com 129 por cento em Abril. A mais elevada inflação mensal no Zimbabwe foi de 600 por cento em Janeiro de 2004.

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