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127 países debatem combate á SIDA


Um estudo das Nações Unidas revela os primeiros sinais de progressos conseguidos no combate global da Sida.

Os fundos disponibilizados para o combate da doença atingiram o seu máximo de sempre mas, mesmo assim, existem sinais de que a epidemia da SIDA continua a alastrar-se no mundo.

Intervindo perante os representantes dos 127 países reunidos em Nova Iorque para avaliar os progressos conseguidos no combate da doença no mundo, o secretario geral da ONU, Koffi Annan, descreveu a resposta global à Sida no mundo como algo significativo.

De acordo com funcionários daquela organização internacional, oito mil milhões de dólares foram ja gastos, apenas neste ano, o correspondente a quatro vez mais o total do montante despendido há quatro anos atrás.

Mas, mesmo assim, o número de pessoas infectadas pelo vírus HIV, causador da SIDA, duplicou no mesmo período.

Koffi Annan reconheceu que os expressivos ganhos conseguidos não tem sido suficientes para conter a epidemia, responsável pela morte de três milhões e cem mil pessoas, em 2004.

Disse Annan :´´No ano passado, vimos mais casos de infecções e mais mortes relacionadas coma SIDA como nunca antes visto. Realmente, a SIDA alastrou para níveis acelerados no continente. Os esforços de tratamento e de prevenção tem se manifestado por outro lado, insuficientes.´´

O secretario geral das Nações Unidas reconheceu, por outro lado, a existência de sinais encorajadores no combate à epidemia. Annan cita, a titulo de exemplo, os progressos conseguidos em alguns países e que segundo ele, representam um claro sinal de que é possível quebrar o ciclo da doença.

Acrescentou Annan: ´´Vimos o que acontece quando os programas de prevenção são bem sucedidos, como foi o caso do Brasil, Camboja e Índia. Estamos a testemunhar a presença de sinais encorajadores na mesma direcção, numa serie de países no mundo, nomeadamente nas Bahamas, nos Camarões, no Quénia e na Zâmbia´´.

O secretario geral das Nações Unidas chamou ainda a atenção para os progressos conseguidos a nível do tratamento da doença. E, a propósito, Annan disse que 700 mil pessoas de países com rendimentos baixos ou médios tiveram acesso no ano passado, à terapia retroviral .

Mas, o director do programa do combate da Sida das Nações Unidas, Peter Piot disse que esses pequenos sucessos conseguidos, acabam por eclipsar o quadro geral da doença no mundo.

De acordo com aquele alto responsável da ONU, cerca de quatro milhões e novecentas mil novas infecções foram registadas no ano passado, a maior parte das quais na África Sub-sahariana, realidade que acaba por denunciar o fosso existente entre a necessidade e as acções.

Até que controlemos a epidemia -- disse Piot -- ela vai continuar a expandir e a piorar nas próximas décadas, provocando um inacreditável número de vítimas mortais e fragilizando a sociedade no seu todo.´´

Peter Piot, responsável pelo programa de combate a Sida das Nações Unidas reconhece ainda que a epidemia poderá sair vitoriosa nesse embate, a menos que haja uma mais enérgica resposta do publico e dos lideres mundiais.

De realçar que os Estados Unidos continuam a liderar a lista dos doadores no combate à SIDA.

No ano passado, o orçamento americano para o combate a Sida excedeu os 2,4 mil milhões de dólares, o que representa mais de 25 por cento do total mundial.

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