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As mulheres nas fileiras das Forças Armadas americanas


Será que as mulheres nas fileiras das Forças Armadas americanas devem servir em combates terrestres?

Esta uma questão a ser debatida na Câmara dos Representantes, que esta semana vai votar uma lei da defesa que inclui uma emenda proibindo as mulheres de servirem em unidades de infantaria, artilharia e blindados.

Falando na televisão ABC, no programa ”This Week,” o republicano Duncan Hunter, que preside à Comissão da Câmara das Forças Armadas, diz apoiar esta provisão da lei.

“Penso que uma das marcas da civilização é não termos tido mulheres em combate terrestre directo. De facto temos criticado o inimigo quando eles empurram as mulheres para as linhas da frente e situações de combate, e utilizaram mulheres para atacar forças de combate. Temos dito que isto é errado. Não é algo que as nações civilizadas façam.”

O congressista Hunter refere várias razões pelas quais ele pensa porque as mulheres não devem estar na linha da frente.

“Há um grupo de factores, o factor privacidade, o facto de que não há privacidade numa brutal operação de infantaria, há falta de limpeza. Há uns anos, um dos proponentes de haver mulheres em combate dizia que a próxima guerra seria uma guerra onde se carregava em botões, pelo que não faz diferença onde se traça a linha. Devemos ter mulheres nessas unidades de combate terrestre. Descobrimos no Iraque que não é uma guerra de carregar no botão. É brutal tal como a operação levada a cabo em Fallujah, onde tivemos 78 fuzileiros que morreram em acção, na maior parte dos casos quase à queima-roupa.”

Neste mesmo programa, a capitã da Marinha na reforma Rosemary Mariner defendeu ser obsoleta uma proibição de 1994 impedindo o uso de mulheres em combate.

“Penso que o verdadeiro problema aqui é que a política seguida pelo Exército neste momento está desactualizada e é uma fonte de confusão. Assim, a última coisa que se quer é codificar, gravar na pedra uma política confusa que tem 11 anos e não é pertinente num mundo que mudou, desde então, três anos após o início de uma guerra de tiros no Iraque.”

A capitã Mariner é a primeira mulher a ter comandado um esquadrão da aviação naval.

Ela diz que uma proibição total ao uso das mulheres em combate poderia criar confusão para oficiais superiores, que poderão destacar mulheres para posições de apoio em zonas de combate. Acrescenta que uma tal lei poderia agravar a falta que existe de pessoal nas forças armadas.

A capitã Mariner reconhece que a guerra é feia. Mas friza que todos os cidadãos têm responsabilidades em defender o seu país.

“Penso que a guerra não é algo de civilizado. E temos que nos lembrar que as mulheres americanas, tal como os homens, são adultos. Eles tomam a decisão de se juntarem às forças armadas, quer seja para uma carreira quer seja por um curto período. Quando assinam esse contracto, eles conhecem os riscos. Agora, neste particular conflito, não há linhas da frente obvias. E isto não é novo na história Americana.”

Palavras da capitã Mariner.

A proibição do uso das mulheres em combate directo é uma provisão incluída na versão da lei da defesa da Câmara dos Representantes de 400 biliões de dólares, que define as despesas e a política do departamento da defesa para o orçamento para o orçamento do próximo ano.

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