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O desenvolvimento do continente africano


As Nações Unidas indicaram que o desenvolvimento do continente africano esta a ser afectado pelo índice elevado de criminalidade, e fez um apelo aos dirigentes africanos e a comunidade internacional para que sejam adoptadas medidas para controlar o crime e a corrupção.

O representante regional da ONU na África Oriental do departamento sobre Drogas e Crime, Carsten Hyttel, afirmou que a África enfrenta um grande problema com o crime, crimes que incluem assassinato, violação, assalto, roubo, fraude, corrupção, e trafego humano, de drogas e de recursos.

Hyttel fez esta afirmação no decurso do lançamento de um relatório da ONU descrevendo o crime em África, e como interfere o desenvolvimento, e sobre o que deve ser feito para acabar como ciclo de crime e pobreza. Segundo ele a principal causa do crime em África reside na enorme disparidade de rendimentos.

“Dez por cento da população mais rica em África, detém um rendimento 31 vezes superior aos dez por cento da população mais pobre. As populações marginalizadas consideram o crime como uma forma de re distribuição da riqueza, ou podem descarregar as suas frustrações na injustiça social através de actos de violência, com frequência contra os sectores mais vulneráveis.”

Não são apenas as pessoas de baixos rendimentos que podem recorrer ao crime como forma de re distribuição da riqueza. O relatório sublinha que, em resultado dos ricos subornarem os responsáveis pelos impostos, as receitas são diminuídas, o que consiste em menores verbas para os pobres.

O documento prossegue referindo que a corrupção, que vai desde o desvio de fundos ao alto nível a venda de documentos, distorce o primado da lei e bloqueia as reformas sociais e o desenvolvimento económico.

O mesmo documento acrescenta que o crime impede o desenvolvimento de África ao afastar os empresários do continente, destruindo o volume e a qualidade da forca de trabalho, e no caso da corrupção ao delapidar a base de contribuintes com reflexos na deficiente distribuição de fundos para a educação e os serviços sanitários.

Os dados estatísticos exactos sobre o crime em África são difíceis de obter, em parte por que muitos dos crimes não são comunicados, como no caso citado do Uganda onde apenas 17 por cento dos crimes são comunicados as autoridades.

Hyttel refere que os outros factores que contribuem para o índice elevado de crime em África, incluem uma elevada percentagem de desemprego juvenil, o reduzido numero de policias e de juizes, o baixo índice de condenações e a instabilidade causada pela guerra.

Hyttel acrescentou que a criminalidade afecta particularmente os africanos de baixo rendimento, como no caso dos ferimentos sofridos por aqueles com acesso reduzido aos cuidados de saúde e que dependem do seu trabalho para viver.

O relatório apela aos dirigentes africanos, as instituições, aos doadores, para adoptarem uma serie de medidas de combate ao crime.

Entre as medidas propostas incluem-se a adopção e aplicação de legislação anticrime; o investimento no apoio as vitimas e nos programas sociais; a assistência aos países para que respeitem as convenções internacionais como as Convenções da ONU contra o Crime Organizado, e Contra a Corrupção.

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