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Erradicar a polio


A Campanha Global para a Erradicação da Pólio divulgou, como faz regularmente, dados estatísticos sobre a incidência da doença.

RENATO - Este ano, até o momento, foram registados no mundo 124 novos casos de pólio, em comparação com 136 no mesmo período em 2004.

A Nigéria continua a ser o país onde a doença tem a maior presença, com 54 novos casos. O fator positivo é que, no mesmo período no ano passado, ocorreram naquele país africano 94 casos.

O contrário sucedeu no Sudão, onde foram registados 24 casos, enquanto, em 2004, não houve nenhum caso. Na Índia, também foi constatado aumento este ano: 14 casos, em comparação com 8 no ano passado.

ANA - No Paquistão, houve melhoria: 8 casos este ano, contra 11 no mesmo período em 2004. Igualmente no Níger houve declínio, apenas 1 caso este ano, em comparação com 8 no mesmo período em 2004.

Situação inversa no Iêmen: 22 casos este ano, contra nenhum caso no mesmo período em 2004.

Na República dos Camarões, houve aumento: 1 caso este ano contra nenhum no mesmo período em 2004, e resultado idêntico se verificou na Etiópia.

Na Indonésia, registaram-se 6 casos, contra nenhum no mesmo período no ano passado.

A Indonésia e o Iêmen – ambos predominantemente islâmicos – foram os mais recentes exemplos de paises préviamente livres da pólio, e que de 2003 para cá apresentaram novos casos.

RENATO - A Organização Mundial de Saúde pediu aos países islâmicos mais ricos que aumentem sua contribuição à campanha global para erradicar a pólio, advertindo que a escassez de fundos poderá colocar em risco o esforço para eliminar de vez a doença até o fim deste ano.

A porta-voz da entidade, Laura Muller, disse que desde 1988 o custo da campanha totalizou 4 bilhões de dólares; no entanto, a Organização da Conferência Islâmica doou apenas 3 milhões, embora os mais recentes surtos de pólio tenham ocorrido em países islâmicos.

ANA – A porta voz declarou, e citamos: “O tempo para agir é agora; não podemos esperar mais. É essencial que, neste momento, todos ajam em conjunto.” Ela acrescentou que a expectativa é que o Barain, o Kuait e a Arábia Saudita tomem alguma iniciativa, pois até então esses países nada contribuíram. Muller comentou que a Conferência Islâmica em Junho próximo constitui uma boa oportunidade para que seja adotada a decisão de ajudar a erradicar a pólio do planeta. A campanha global enfrenta atualmente um déficit de 200 milhões de dólares para levar adiante a luta contra a pólio.

RENATO - Um porta-voz da UNICEF, John Budd, declarou que aquela entidade está profundamente preocupada com o ressurgimento da pólio, desde 1995, no país muçulmano mais populoso, a Indonésia.

A UNICEF vai contribuir com 1 milhão e 300 mil dólares para a realização de uma campanha de vacinação naquele país, no final deste mês de maio, visando a vacinar mais de 5 milhões de crianças. No principio do mês, a Indonésia organizou uma campanha de emergência, com duração de dois dias. Além dos seis casos de pólio já confirmados, as autoridades de saúde examinam outros 10 possíveis casos.

ANA – A Austrália também demonstrou preocupação com o surto de pólio na Indonésia, e já doou mais de 700 mil dólares para evitar que o vírus continue a atacar. A Indonésia é o décimo sexto país a ser reinfectado nos últimos dois anos, incluindo 13 na África. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o vírus que agora está a agir na Indonésia foi importado da África, via Médio Oriente.

RENATO- Segundo a Organização Mundial de Saúde, a incidência de tuberculose triplicou desde 1990 em 21 países africanos onde a SIDA/AIDS também tem uma forte presença. Dos 15 países no mundo onde a tuberculose representa hoje um grande problema, 13 se situam na África. Em consequência, 2 milhões e 400 mil africanos sofrem da doença, e 540 mil morrem anualmente. Uma proporção alarmante, e que continua a aumentar todos os anos a uma taxa de 3, 4 por cento.

ANA – O efeito da doença sobre a economia é igualmente catastrófico. Nos países africanos mais afetados, a perda do Produto Nacional Bruto por causa da tuberculose é de 4, 7 por cento ao ano. Devido ao fato de que existe uma vinculação entre a tuberculose e a SIDA/AIDS, o plano estratégico da Organização Mundial de Saúde visa a um esforço coordenado, sob o título de “Duas Doenças, um Só Paciente”.

Numa recente reunião realizada em Adis Abeba, na Etiópia, os mais destacados lideres africanos e internacionais no plano da saúde estudaram providências para aliviar a situação. A implementação do plano vai requerer enormes recursos financeiros, estimados em 1 bilião e 100 milhões de dólares para o período 2006-2007. Um dos obstáculos é a escassez de funcionários de saúde.

Na África sub-saariana, por exemplo, existe um funcionário de saúde para cada mil habitantes, enquanto a média mundial é de quatro funcionários.

O plano estratégico, concebido em Adis Abeba, pede maior envolvimento dos governos e das comunidades, e aumento do financiamento por parte de organizações internacionais e bi - laterais. O relatório divulgado depois da conferência chama a África de o “campo de batalha” aonde vai se desenrolar a luta para alcançar os objetivos do milénio proclamados pelas Nações Unidas em relação à tuberculose.

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