O primeiro ministro do Japão, Junichiro Koizumi terminou a visita ao Paquistão, com o anuncio da anulação do congelamento dos fundos aquele país asiático, medida imposta por Tóquio e que já durava há sete anos.
Koizumi conclui em Islamabad, a sua visita de dois dias ao Paquistão, país ao qual prometeu o apoio do Japão na luta contra o terrorismo mas sobre cujo programa nuclear, manifestou-se preocupado.
O Japão suspendeu em 1998 um pacote financeiro orçado em 500 milhões de dólares, quando Islamabad levou a cabo os seus primeiros testes nucleares.
Falando através de um interprete, o primeiro ministro japonês, disse ter dialogado no fim de semana com o presidente paquistanês, o general Pervez Musharaf acerca da necessidade de medidas de prevenção da propagação da tecnologia nuclear.
“Na reunião eu disse que o Japão tem vindo a bater-se pela eliminação e pela não proliferação das armas nucleares...”
O cientista paquistanês, Abdul Qadeer Khan confessou no ano passado ter vendido, ilegalmente, tecnologia militar a um grupo de países, no qual se inclui o Irão.
Mas a viagem do primeiro ministro japonês Junichiro Koizumi, a sul da Ásia foi encarada como tendo sido positiva, para as relações entre o Japão e os países da região.
O líder japonês prometeu o reforço dos laços entre o seu país e o Paquistão e anunciou a concessão de uma ajuda adicional, calculada em 150 milhões de dólares a Islamabad.
“Isso representa a nossa vontade em ver crescer os laços entre os nossos dois países.”
O primeiro ministro do Japão manifestou idêntico espírito à Índia, pais que visitou na passada sexta feira. Com Nova Deli, Tóquio assinou um acordo de oito pontos, que visa o relançamento das relações comerciais entre o Japão e a Índia.
Tóquio pretendeu ainda com esta digressão do seu primeiro ministro a Ásia do Sul, granjear apoios a sua eventual candidatura a um lugar de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, no quadro de um eventual alargamento daquele órgão da ONU.
Recorde-se que a China, o único país asiático com assento permanente naquele órgão da ONU, com direito ao poder de veto, algo que tem jogado a desfavor do Japão.