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O governo da Mauritania ...


O governo da Mauritania ...
O governo da Mauritania ...

O governo da Mauritânia anunciou a detenção de sete lideres de uma alegada célula terrorista, que de acordo com os Estados Unidos mantém ligações a rede terrorista Al Qaida.

De acordo com as autoridades os detidos são membros do grupo terrorista argelino, conhecido por grupo Salafista para a Fe e o Combate e terão sido surpreendidos pelas policia mauritaniana, na capital Nouakuchot.

O ministro da comunicação da Mauritânia, Hamoud Ould Abdi, disse acreditar que os detidos estiveram, num passado não muito distante, num campo para treino de terroristas no deserto.

“Este governante mauritaniano, diz que os 20 terroristas deixaram a Mauritânia, na posse de informações consideradas sensíveis para o grupo Salafista para a Fe e Combate.

Os sete líderes detidos, ainda de acordo com os responsáveis mauritanianos terão admitido terem sido recebido treino num campo de preparação de terroristas em pleno deserto.

O anuncio das detenções despoletou uma onda de criticas por parte da oposição naquele país saheliano, que acusa o governo de estar, tal como no passado, a fazer recurso à ameaça que o terrorismo representa para silenciar a oposição islamita.

Mohamed Gemil Ould, líder de um grupo islamita, procurado pelas autoridades mauritanianos pelas suas actividades políticas, de inspiração islâmica, disse a VOA que os islamistas mauritanianos não são extremistas, mas que desejam simplesmente ver a democracia implantada no país.

Gemil Ould alega que o governo tem estado a deter pessoas por forma a granjear o apoio dos Estados Unidos e do Ocidente.

Este líder político da oposição, garante por outro lado que os islamitas mauritanianos não tem nenhuma ligação ao grupo Salafista ou a rede terrorista Al Kaida.

Richard Reeve, analista de um centro de investigação sediado em Londres, na Inglaterra e da opinião que a situação na Mauritânia e bem mais complexa do que parece, devido em parte a divisão política entre o governo secular e a oposição islamita naquele estado islâmico.

“A purga dos elementos islâmicos dentro da sociedade e da classe política da Mauritânia começou realmente no inicio de 2003. Parte da oposição na Mauritânia tem se oposto particularmente ao tipo de governo secular e ao facto do presidente ter conquistado um reconhecimento particular por parte de Israel.”

Richard Reeve diz por conseguinte acreditar que o presidente Ould Taya está a usar o terrorismo para intimidar ou silenciar os seus adversários políticos islamitas.

O grupo extremista, Salafista baseado originalmente na Argélia figura na listas dos Estados Unidos, das organizações consideradas terroristas e com ligações a rede Al Qaida.

Funcionários do departamento de defesa americano manifestaram-se em várias ocasiões, preocupados com as actividades de recrutamento de membros, levados a cabo pelo grupo Salafista na região.

Tropas especiais americanas ministraram no ano passado acções de treino no domínio do contra terrorismo, a elementos das forças armadas de alguns países da região, nomeadamente da Mauritânia, Mali e do Niger, no quadro da denominada Iniciativa Pan Saheliana.

Kamel Beyoghlow e analista do Centro de Estudos Estratégicos para a África, com de sede aqui na capital dos Estados Unidos, Washington.

Este especialista diz acreditar que a rede Al Qaida tem estado a criar células terroristas um pouco por toda a África, tirando precisamente vantagens da situação de debilidade económica característica dos países da região.

“Estamos muito preocupados com a criação de células autónomas e pensamos, que essencialmente a longo termo, isso vai a Al Qaida a habilidade para se estabelecer em África, dado ao facto de África continuar a apresentar vulnerabilidade tremenda.”

O governo dos Estados Unidos tem se manifestado particularmente preocupado com alguns grupos, que tem tido facilidades de movimentação ao longo da fronteira sahariana da Mauritânia, do Chade e do Mali.

Recorde-se que há precisamente três anos, o grupo Salafista raptou 32 turistas europeus no sul da Argélia.

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