Populares do município petrolífero do Soyo, na província do Zaire, Angola, queixam-se de fome, culpando, em parte, o colapso das infraestruturas rodoviárias pelo ancarecimento dos produtos do campo e mesmo os da cesta básica.
O Soyo é um dos principais pontos de produção de petróleo de Angola, mas o nível de vida social da sua população nem sempre acompanha o nível da riqueza que ali se produz.
Os habitantes dizem que há fome na região.
Raúl, residente no Soyo, disse que "a cesta básica continua super cara”.
“E os populares que conseguem um pequeno matabicho [pequeno-almoço] é porque Deus está com ele”, afirmou, acrescentando que há “muita gente a morrer de fome. Está de mais a fome aqui no Soyo".
Um dos factores que torna os produtos mais caros é o estado degradado das estradas dos centros agrícolas da Vila do município, diz Genício, outro morador da zona.
"As estradas para o escoamento dos produtos agrícolas da comuna para o Soyo estão totalmente degradadas, os carros fogem destes locais, principalmente as comunas de Pedra do Feitiço, a mais de 100 km do Soyo, e Kelo, que também produz muita comida que acaba por se estragar por falta de escoamento", disse
Um outro habitante da cidade do Soyo, identificando-se como Geraldo, diz que os moradores do Soyo estão a sofrer bastante por causa da fome que assola a região.
"Aqui está tudo muito caro, porque as estradas estão mal”, confirma, afirmando, que em pior estado estão “as estradas do Kelo e Pedra do Feitiço, de onde sai bastante comida da terra”.
“Estes produtos não chegam aqui e quando chegam são muito caros. Nós aqui no Soyo estamos a passar mal com fome", conta.
A VOA tentou contactar o porta-voz do governo do Zaire, mas sem sucesso.
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