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Thabo Mbeki adverte: África do Sul "um dia vai explodir"


Thabo Mbeki (arquivo, Joanerburgo 2018)
Thabo Mbeki (arquivo, Joanerburgo 2018)

O ex-presidente da África do Sul Thabo Mbeki advertiu que o país enfrenta uma bomba relógio e podia ver uma revolta semelhante à Primavera Árabe desencadeada por um crescente descontentamento.

Mbeki, que sucedeu ao ícone anti-apartheid do país, Nelson Mandela, em 1999, disse que a África do Sul enfrenta níveis insustentáveis de pobreza e desemprego.

"Um dos meus receios, camaradas, é que um destes dias, nós... vamos ter a nossa própria versão da Primavera Árabe", disse Mbeki numa missa em memória de Jessie Duarte, a secretária-geral adjunta do ANC, que morreu de cancro no fim-de-semana.

O assédio policial a um vendedor de rua tunisino que acabaria por se imolar, desencadeou uma revolta a nível nacional que derrubou o ditador Zine El Abidine Ben Ali e desencadeou as revoltas da Primavera Árabe de 2011.

"Estou a dizer que um dos meus receios é que um destes dias (isso) nos vá acontecer", disse Mbeki que deixou o cargo em 2008.

"Não se pode ter tantas pessoas desempregadas, tantas pessoas pobres, pessoas confrontadas com esta ilegalidade" - e liderança "corrupta", disse ele.

"Um dia, vai explodir".

Mbeki criticou o governo do Presidente Cyril Ramaphosa por falta de um plano nacional para combater a pobreza, a desigualdade e o desemprego, que se situa em mais de 34,5%, e o desemprego juvenil em quase 64%.

Ramaphosa esteve ausente do serviço memorial, ao qual assistiu o seu adjunto David Mabuza.

(AFP)

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