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Cabo Verde: Alegada limitação orçamental cria agitação entre a Presidência e o Governo


Presidente da República, José Maria Neves, e primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, Palácio da Presidência, Cabo Verde
Presidente da República, José Maria Neves, e primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, Palácio da Presidência, Cabo Verde

O presidente da República de Cabo Verde disse não ter participado, na Cimeira Extraordinária da CEDEAO, em Acra no Gana, no último fim de semana, por limitações orçamentais, o que o ministro das Finanças explica ter sido redimensionamento.

Tal como foi reportado, José Maria Neves avançou que a presidência está obrigada a reprogramar o respectivo plano de actividades, tendo em conta os cortes orçamentais.

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Entretanto, Olavo Correia, vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, já veio dizer que não houve corte no orçamento, mas sim um redimensionamento nas verbas destinadas a todos os órgãos de soberania devido à situação difícil de crise que se atravessa.

Olavo Correia acrescentou que o montante para as viagens do Presidente aumentou três vezes, tendo havido redução nas verbas referentes às obras de montagem da residência oficial, que estão concluídas.

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O governante apela à compreensão e responsabilidade de todos, e diz não haver razões para mal estar entre os dois órgãos de soberania por questões orçamentais, que podem sempre, num clima de bom entendimento, serem revistas.

Mas analistas ouvidos pela VOA dizem que isso reflecte algum desencontro de posições entre as partes, e que este assunto nunca deveria ter sido tratado na praça pública.

Na opinião de José António dos Reis, “as limitações financeiras não explicam tudo, havendo concertação prévia e traçado a importância do evento, o arquipélago poderia ter sido representado pelo Chefe do Estado ou pelo Primeiro-Ministro”.

O antigo Conselheiro presidencial, António Ludgero Correia, que recorda que o problema orçamental tem sido complicado para a Presidência da República, também afirma defende a definição de prioridades.

“Há que fazer escolhas. José Maria Neves já foi Chefe do Governo e agora Presidente, sabe com que linhas se cosem, enquanto Primeiro-ministro, tinha capacidade de reforçar a verba, o presidente da República já não consegue isso, e agora está a experimentar o que os antecessores passaram".

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