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Ucrânia: Tímido cessar-fogo não garante ainda saída segura de civis


Ucranianos tentam fugir para a Polónia a partir de Lviv, Ucrânia, 8 Março 2022
Ucranianos tentam fugir para a Polónia a partir de Lviv, Ucrânia, 8 Março 2022

Ministro da Defesa da Ucrânia acusa a Rússia de ter 300 mil reféns em Mariupol

A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse nesta terça-feira, 8, haver um acordo para a Rússia observar um cessar-fogo temporário e permitir que civis deixem a cidade oriental de Sumy.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que corredores humanitários adicionais serão implantados em Kyiv, Chernihiv, Kharkiv e Mariupol.

Várias tentativas anteriores de criar uma forma de as pessoas saírem de áreas que têm sido alvos dos ataques russos durante a invasão da Ucrânia, que já dura quase duas semanas, fracassaram.

Apesar desse tímido cessar-fogo, a Rússia continua a ser acusada de atacar civis e não deixá-los sair.

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Entretanto, em algumas regiões sitiadas por forças russas, foram vistas pessoas a fugir em autocarros ou a pé.

Algumas pessoas saíram da cidade oriental de Sumy, onde horas antes um ataque aéreo russo contra residências deixou pelo menos 21 civis, segundo autoridades locais.

Outras pessoas conseguiram fugir da cidade de Irpin, perto da capital ucraniana de Kyiv.

Reféns

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou hoje a Rússia de manter 300.000 pessoas “reféns em Mariupol” e impedir evacuações humanitárias.

“Peço a todos os Estados que exijam publicamente: Rússia, deixe as pessoas irem!”, escreveu no Twitter.

Ontem, autoridades ucranianas rejeitaram o projecto de Moscovo de abrir corredores que levam à evacuação de ucranianos para a Rússia ou a Bielorrússia.

Na última madrugada, antes da entrada de um suposto cessar-fogo, os ataques russos atingiram cidades no leste e sul da Ucrânia e vários subúrbios da capital.

Resistência e encontro entre chefes da diplomacia

O Ministério da Defesa do Reino Unido informou em nota hoje que as forças ucranianas resistem ao avanço da Rússia em direcção a Kyiv com pressão em cidades fora da capital.

O secretário de Defesa, Ben Wallace, acrescentou que a resistência ucraniana e a falta de abastecimento deixaram as forças russas mais desesperadas e como resultado realizam “bombardeamentos indiscriminados” contra civis.

Entretanto, os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e da Rússia, Sergey Lavrov, devem reunir-se na quinta-feira na Turquia para discutir a situação.

Kuleba disse que vai propor um encontro directo entre o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

"Queremos conversas entre o Presidente da Ucrânia e Vladimir Putin, já que é ele quem toma as decisões finais", disse Kuleba à televisão ucraniana.

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, chamou o impacto civil na Ucrânia de “devastador” e pediu “corredores humanitários reais que sejam totalmente respeitados”.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados informou hoje que mais de doismilhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão pela Rússia, a 24 de Fevereiro.

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