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Governo angolano volta a rejeitar diálogo com movimento das Lundas


O governo angolano voltou a rejeitar a possibilidade de um diálogo com elementos do Protectorado da Lunda Tchokwe para discutir a violência na Lunda Norte afirmando que o movimento não é uma organização legal.

Ministro da justiça angolano rejeita pedido ao diálogo com movimento das Lundas – 2:05
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Isto depois do ministro da Justiça e Direitos Humanos, Francisco Queirós, se ter reunido com dirigente da polícia nacional e organizações da sociedade civil para analisar os confrontos que resultaram em vários mortos.

Verónica Sapalo, jurista e directora da Plataforma das Mulheres em Acção - foto cedida pela própria
Verónica Sapalo, jurista e directora da Plataforma das Mulheres em Acção - foto cedida pela própria

Verónica Sapalo em representação do grupo de monitoria dos Direitos Humanos em Angola disse que esta organização “entende e clama que deve haver uma investigação da PGR para se apurar a verdade dos acontecimentos de Cafunfo e que desta investigação deve-se ouvir também a outra parte que é acusada de rebelião, para se chegar à verdade dos factos”.

Mas Queirós disse numa conferência de imprensa o movimento “é uma organização que legalmente não existe portanto não há legitimidade para dialogar com eles”.

O ministro acusou ainda a organização de defender “fins contrários à constituição e à integridade territorial (pelo que) é difícil dialogar com eles".

Queirós também está com o comandante geral da polícia no que toca à proporcionalidade usada pela polícia.

Francisco Queirós defendeu também a posição anteriormente assumida pelo comandante da polícia de que esta não tem que usar força proporcional mas tem o direito de responder com força desproporcional.

"Foi um acto quase de guerra, como é que em guerra eu vou medir proporcionalidade?", interrogou o ministro da Justiça que garantiu que o caso já está com a PGR para ser investigado.

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