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Tchizé dos Santos: "É cobarde atacar os filhos para atacar o pai"


Welwitschia "Tchizé" dos Santos, empresária e política
Welwitschia "Tchizé" dos Santos, empresária e política

A filha do antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos, Welwitschia "Tchizé" dos Santos, chamou de cobardes a todos que estão a atacar os filhos do pai, em reação à condenação nesta sexta-feira, 14, em Luanda, do irmão José Filomeno dos Santos a cinco anos de prisão pelos crimes de fraude e de tráfico de influência.

“Usar-se os filhos para fazer mal ao pai politicamente mais forte, que hoje escolhem como adversário político, mas por sinal tudo lhes deu... que cobardia!”, escreve Tchizé na sua página no Facebook.

Noutra mensagem em áudio divulgada nas redes sociais, a empresária acentua a acusação: “Bando de cobardes.. pessoas que estão a compactuar com isso, é cobarde atacar os filhos para atacar o pai como quem permite”.

Em pouco mais de dois minutos, Tchizé dos Santos diz que “como medo da sombra do nome Dos Santos, o pânico e o terro é tanto” e “a paranóia é tanta que estão a ver fantasmas em todos os lados”.

Em relação ao irmão, lembra que “o Zenu é membro do Comité Central, querem tirar do caminho toda e qualquer pessoa que possa ser usada no futuro” porque “a questão é política”.

A filha do antigo Presidente angolano ataca afirmando que “é tudo medo, nome Dos Santos é forte, medo da sombra porque sabe que o outro é maior que ele, por mais que use o poder na caneta, na alma e no coração do povo José Eduardo é pai grande”.

Com estas “pequenas coisas”, Tchizé afirma que “eles pensam que podem tirar José Eduardo Santos o seu tapete, podem até eliminá-lo fisicamente, mas a mente de milhões e milhões de pessoas não se consegue apagar”.

Ela termina dizendo que “vão continuar a ser aterrorizados por essa sombra no vosso sono, por mais que façam, por mais poder que ganham, nunca irão igualar-se a José Eduardo dos Santos”.

A condenação

O Tribunal Supremo condenou José Filomeno dos Santos no caso dos "500 milhões" a cinco anos de prisão, juntamente com o antigo governador do Banco Nacional de Angola, Valter Filipe, que teve a pena de oito anos de prisão, o antigo diretor do Departamento de Gestão de Reservas do BNA, António Samalia Bule, cinco anos de prisão, e o empresário Jorge Gaudens Sebastião, seis anos.

Santos foi condenado pelos crimes de fraude e de tráfico de influência, Filipe pelos crimes de peculato na forma continuada e de burla por defraudação na forma continuada, Bule por um crime de peculato e um crime de burla por defraudação e Sebastião, por burla por defraudação na forma continuada e tráfico de influências.

O chamado “caso 500 milhões”, remonta ao ano de 2017, altura em que Jorge Gaudens Sebastião apresentou ao seu amigo de longa data, José Filomeno dos Santos, uma proposta de financiamento para a captação para o Estado angolano de 30 mil milhões de dólares.

O processo avançou com a participação também do BNA.

No processo, o antigo Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos confirmou, na qualidade de testemunha, ter autorizaso o processo.

A Procuradoria-Geral da República no entanto entendeu que houve uma conspiração para desviar dinheiros públicos.

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