A greve dos trabalhadores da Sociedade Mineira de Luminas no município do Cuango, na província angolana da Lunda Norte, entrou nesta segunda-feira, 26, no seu décimo segundo dia, sem qualquer entendimento, até ao momento, entre os trabalhadorese os patrões.
Os grevistas exigem agora a demissão do director da empresa, André Gomes Moisés, a quem acusam de ser o grande obstáculo para negociações directas com a principal empresa de diamantes de Angola (ENDIAMA).
André Gomes estará na origem de informações, junto da companhia estatal Endiama, de que a greve já tinha sido levantada, o que não corresponde à verdade, como garantiu à VOA o primeiro secretário da comissão sindical da Luminas, Francisco António Júlio.
Na origem da paralisação está o não pagamento de 14 salários em atraso, subsídios de férias, seguro de saúde, assistência médica e transporte.
O director André Gomes não atendeu aos pedidos da VOA para dar a versão da sociedade sobre a greve decretada a 15 de Fevereiro.
A Sociedade Mineira de Luminas é uma empresa do grupo Endiama, especializada para a prospecção, exploração, pesquisa e comercialização de diamantes.