A moçambicana Albertina Mabasso que teve o dedo polegar da mão esquerda amputada por um polícia sul-africano pode vir a ser indemnizada. O Tribunal Supremo, em Pretória, vai decidir se Mabasso tem ou não direito a receber uma indemnização.
Tudo aconteceu em território sul-africano, numa das salas do Posto de Lebombo, na província de Mpumalanga, bem perto da movimentada fronteira de Ressano Garcia, a cerca de 90 quilómetros a noroeste de Maputo.
Sem explicação aparente, um agente da polícia da África do Sul, afecto àquele Posto, amputou o dedo polegar da mão esquerda de uma mulher moçambicana, usando fios de cabelo.
Albertina Mabasso é cabeleireira de profissão, tem 42 anos e vive na cidade da Matola, sul de Moçambique.
O caso deu-se no dia 3 de Fevereiro de 2011, mas até hoje nada aconteceu com o policia Oddas Sunnyboy Zitha, o autor da agressão.
Por entender que não havia matéria suficiente, que justificasse levar o agente da polícia sul-africana ao banco dos réus, a procuradoria sul-africana decidiu arquivar o processo.
Mas, apesar de a procuradoria sul-africana ter declinado fazer a acusação contra o policial, Albertina Mabasso poderá ser compensada, financeiramente.
O consulado de Moçambique em Nelspruit contratou um advogado baseado na capital de Mpumalanga que está a trabalhar no caso e ele informou que o julgamento será esta terça-feira, no Tribunal Supremo, em Pretória.
O advogado irá pedir à justiça sul-africana que o Ministério da Polícia pague uma indemnização à senhora Albertina Mabasso pelos danos físicos que ela sofreu.