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Menina "feiticeira" queimada na Nigéria


Meninas nigerianas acusadas de feitiçaria (foto do arquivo)
Meninas nigerianas acusadas de feitiçaria (foto do arquivo)

Ignorância e pobreza perpetuam acusações infundadas

Na Nigéria, um homem de 60 anos imolou, recentemente, uma rapariga de oito anos alegando que era feiticeira, informou a polícia local.

Yakubu Vong, foi detido pela polícia, após ter enganado a rapariga para ir à sua casa na vila de Sabon Layi, no estado de Plateau, e logo de seguida encharcá-la de petróleo e colocar fogo.

O porta-voz da polícia, Emmanuel Abuh, informou que Vong atacou a rapariga por ela ter recusado admitir que era feiticeira.

Isto acontece num país onde a vida religiosa gira em torno do cristianismo e islão, mas as práticas tradicionais prevalecem.

O activista dos direitos cívicos, Ishaya Bajama, disse à Voz da América, que, muitas vezes, os curandeiros alegam a feitiçaria para explicar doenças mentais ou físicas que as comunidades desconhecem ou que não podem tratar por falta de dinheiro.

“Quando as pessoas não têm uma determinada solução, dizem sempre que é um problema espiritual. Mas muitos desses problemas têm a ver com perturbações sociais,” disse Bajama.

Segundo especialistas, a pobreza, pouca escolaridade e a falta de cuidados de saúde contribuem para estigmatizar as pessoas acusadas de feitiçaria.

E não havendo ninguém para defendê-las, explica Bajama, “a forma mais simples que a sociedade encontra é lhes tirar a vida”.

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