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Oposição angolana diz que nomeação de filha do PR na Bodiva fragiliza combate à corrupção


João Lourenço, Presidente angolano
João Lourenço, Presidente angolano

A oposição angolana considera que nomeação da filha do Presidente da República, Cristina Dias Lourenço, para o cargo de administradora executiva da Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (Bodiva) fragiliza as ações de combate à corrupção e que João Lourenço perdeu-se na luta contra a corrupção.

A nomeação é alvo de muitas conversas nos círculos de opinião em Luanda, em virtude da bandeira levantada por João Lourenço de luta contra a corrupção que já levou à condenação do antigo presidente do Fundo Soberano de Angola e filho do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, José Filomeno Santos, do ex-governador do Banco Nacional de Angola, Valter Filipe, e de outros altos dirigentes do regime anterior.

Em declarações à VOA, Maurílio Luiele, primeiro vice-presidente do grupo parlamentar da UNITA, alerta que não se pode dizer que "a ministra das Finanças nomeou sem o consentimento de João Lourenço, uma vez que o pai da nomeada é o titular do poder executivo e nada se procede sem o seu aval" e que esta decisão fragiliza a luta contra a corrupção.

Por seu lado, Rui Malopa, secretário-geral do PRS, disse à VOA que Lourenço "perdeu-se na luta contra a corrupção e o nepotismo".

Entretanto, numa nota de imprensa distribuída nesta quinta-feira, 20, a Bodiva considera que a nomeação de Cristina Dias Lourenço é um "um regresso à casa" por ter sido colaboradora entre 2014 e 2016 e que "a sua nomeação em março passado, surgiu da necessidade de completar a composição do Conselho de Administração, na sequência da resignação de um dos seus administradores".

A nota ainda esclarece que "os membros dos órgãos sociais, no qual se inclui o Conselho de Administração, são eleitos por deliberação unânime em sede da mesa da Assembleia-Geral”.

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