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Cabo-verdianos em Portugal preocupados com saída britânica da União Europeia


A vaga de emigrantes também é uma ameaça.

A comunidade cabo-verdiana em Portugal, a terceira maior no país, considera-se integrada na sociedade lusa, mas lamenta a falta de emprego, situação que tem levado muita gente a viver em dificuldades e precariedade.

O Reino Unido tem sido uma alternativa para muitos cabo-verdianos que adquiriram a nacionalidade portuguesa, mas a saída do país da União Europeia leventa enormes preocupações.

Caboverdianos preocupados com saída britânica da União Europeia
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Com a construção civil que sempre foi a maior fonte de absorção da mão-de-obra em crise, alguns cabo-verdianos e outros emigrantes lusófonos partiram para outros países da União Europeia a procura de trabalho.

Luxemburgo, França e Reino Unido são os países mais procurados para se trabalhar e viver.

Entretanto, com o pedido de saída do Reino Unido da União Europeia, alguns cabo-verdianos manifestam a sua preocupação e receiam consequências que esse facto pode vir a ter na vida de pessoas que procuram as terras de Sua Majestada para encontrar oportunidades de trabalho.

Para Emílio Borges, trata-se de uma questão que deve ser vista com muita atenção pelos cabo-verdianos e não só, já que o Reino Unido era um dos países europeus mais procurados para se trabalhar após o eclodir da crise em Portugal.

Outro assunto que tem dominado a atenção prende-se com a vaga de migrantes que chegam a Europa.

Algumas pessoas ouvidas pela VOA reconhecem a necessidade de países do velho continente serem solidários, devendo acolher e integrar os referidos cidadãos.

No entanto, o emigrante cabo-verdiano Ricardo Furtado, que reside há 42 anos em Portugal, afirma que isso vai apertar ainda mais o frágil mercado de trabalho em terras lusas e outros países europeus.

Ricardo Furtado destaca que, para além do desemprego, alguns cabo-verdianos atravessam também problemas com a falta de documentação, uns por culpa própria, outros devido ao próprio sistema.

Sobre a questão da crise que tem levado muita gente ao desemprego em Portugal poder aumentar comportamentos de racismo, o dirigente associativo Mário Carvalho diz que a comunidade cabo-verdiana não tem grandes motivos de queixa.

Segundo o presidente da Associação de Lisboa, os cabo-verdianos sempre foram bem acolhidos, devido à sua dedicação ao trabalho e à abertura para a convivência com os outros.

Ainda assim, Carvalho afirma que sempre há um ou outro caso de pessoas que possam manifestar atitudes que indiciam comportamentos racistas.

O dirigente associativo quer que os emigrantes africanos sejam mais interventivos, participando activamente na vida social, económica e politica do pais de acolhimento, forma ideal para uma boa integração.

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