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Eleições Americanas 2020

Lady Gaga e J-Lo vão actuar na tomada de posse de Joe Biden

Fotomontagem Lady Gaga (esq) e Jennifer Lopez (dir)
Fotomontagem Lady Gaga (esq) e Jennifer Lopez (dir)

Justin Timberlake, Jon Bon Jovi, Demi Lovato e Ant Clemons vão actuar num programa especial de TV

Lady Gaga vai cantar o hino nacional na posse de Joe Biden e Jennifer Lopez fará uma apresentação musical na Frente Oeste do Capitólio dos EUA quando Biden tomar posse como 46º Presidente do país na próxima quarta-feira, 20 de Janeiro.

O anúncio da sua participação vem um dia após a notícia de que Tom Hanks apresentará um especial de TV de 90 minutos no horário nobre comemorando a inauguração de Biden. Outros artistas incluem Justin Timberlake, Jon Bon Jovi, Demi Lovato e Ant Clemons.

Na cerimónia de posse, o Rev. Leo O'Donovan, um ex-presidente da Georgetown University, fará a invocação e o juramento será liderado por Andrea Hall, Presidente da Associação de Bombeiros Local 3920 e a primeira mulher bombeira a ser promovida capitã em Fulton, Geórgia. Haverá uma leitura de poesia de Amanda Gorman, a primeira jovem poetisa laureada a nível nacional, e a bênção será dada pelo Rev. Silvester Beaman da Igreja Episcopal Metodista Africana de Bethel em Wilmington, Delaware.

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Washington DC prepara a segurança para a tomada de posse

Washington DC prepara a segurança para a tomada de posse
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Em antecipação da posse do presidente eleito Joe Biden a 20 de Janeiro, autoridades policiais e do governo local em Washington, DC, estão a pôr em prática medidas de segurança sem precedentes

Donald Trump apela à calma antes da posse de Joe Biden

Presidente Donald Trump na Casa Branca, 12 Janeiro 2021
Presidente Donald Trump na Casa Branca, 12 Janeiro 2021

Apelo do Presidente surge depois de anúncios de mais manifestações dos seus apoiantes em Washington

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira, 13, um "acalmar de ânimos" depis de novos anúncios e apelos dos seus apoiantes para protestos por ocasião da posse do Presidente eleito Joe Biden na quarta-feira, 20.

"À luz dos relatos de mais manifestações, peço que não deve haver violência, não deve haver violação da lei e não deve haver vandalismo de qualquer tipo", disse Trump em comunicado.

"Não é isso que eu defendo e não é o que os Estados Unidos representam", acrescentou Trump, quem ainda apelou "a todos os americanos a ajudar a aliviar as tensões e acalmar os ânimos".

O apelo do Presidente surge precisamente uma semana depois dos seus apoiantes terem invadido o Capitólio no momento em que o Congresso certificava a vitória de Joe Biden na eleição de 3 de novembro.

Cinco pessoas morreram e o Congresso teve de suspender a sessão, enquanto o vice-presidente Mike Pence e os legisladores eram levados para lugares seguros.

Desde então, o FBI abriu 160 processos e mais de uma centena de pessoas foram detidas pela sua participação no que o Presidente eleito e os democratas consideraram uma insurreição.

Impugnação em curso

E por isso, os democratas apresentaram nesta quarta-feira um pedido de impugnação contra o Presidente Trump por incitar à insurreição, cuja votação já começou.

Embora os democratas possam ter votos para aprovar a impugnação na Câmara dos Representantes, o que fará de Trump o primeiro Presidente a ser impugnado duas vezes, o Senado não vai analisar o projecto antes da posse do novo Presidente.

A confirmação foi feita hoje pelo líder do Senado Mitch McConnell.

Entretanto, observadores dizem ser praticamente improvável que o projecto seja aprovado no Senado em virtude dos republicanos controlarem a câmara.

Vice-presidente diz que não invocará 25ª emenda para destituir o Presidente Donald Trump

Mike Pence e Donald Trump (Foto de Arquivo)
Mike Pence e Donald Trump (Foto de Arquivo)

Democratas avançam com projecto de impugnação do Presidente nesta quarta-feira

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, enviou no final da noite de terça-feira, 12, uma carta à presidente da Câmara, Nancy Pelosi, na qual rejeita invocar a 25ª Emenda para retirar Donald Trump do cargo após a invasão ao Capitólio na semana passada.

A resposta de Pence surgiu no momento em que o Congresso debatia um projecto dos democratas para pedir que ele invocasse a 25ª emenda.

"Não acredito que esse caminho seja o de maior interesse da nação e que esteja consistente com nossa Constituição", afirmou Pence na carta, em que, por outro lado, pediu que Pelosi e os outros congressistas "evitem acções que possam posteriormente dividir e inflamar as paixões do momento".

"Trabalhe connosco para reduzir a temperatura e unir o nosso país enquanto preparamos para empossar o Presidente eleito Joe Biden como novo presidente dos EUA", pediu o vice-presidente que, na carta, não se referiu ao processo de impugnação que os democratas querem mover contra Trump.

A 25ª emenda permite ao vice-presidente, com o apoio de maioria dos membros do Governo, destituir o Presidente por falta de capacidade física ou mental.

Impugnação

Com este posicionamento de Pence, os democratas começam a debater nesta quarta-feira, 13, um processo de impugnação de Donald Trump, como anunciaram no dia 8.

No texto, mais de 200 representantes democratas acusam o Presidente de "incitar a insurreição" ao discursar para apoiantes momentos antes da invasão de extremistas ao Capitólio no passado dia 6.

Seis pessoas morreram no episódio, incluindo um polícial que foi ferido no local, enquanto outro suicidou-se depois.

Durante a invasão, um grupo chegou a pedir a morte de Mike Pence por não ter interferido na certificação de Biden como Presidente eleito na sessão especial no Congresso que decorria naquela tarde.

Os democratas garantem que têm votos suficientes para aprovar a impugnação, mas no Senado, com apenas 48 dos 100 membros, terão muitas dificuldades em conseguir dois terços dos votos, que permitiriam o afastamento de Trump.

Caso o projecto de impugnação for aprovado na Câmara dos Representantes, Donald Trump será o primeiro Presidente a ser impugnado duas vezes na história.

Ele deixa a Casa Branca no dia 20, quando Joe Biden toma posse.

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EUA: possíveis acusaçōes criminais contra mais de 170 manifestantes do Capitólio

Congressista republicana Marjorie Greene tira os sapatos ao passar a segurança à entrada do COngresso em Washington, 12 Janeiro 2021
Congressista republicana Marjorie Greene tira os sapatos ao passar a segurança à entrada do COngresso em Washington, 12 Janeiro 2021

Procuradores podem acusar alguns manifestantes de acusaçōes graves como sedição e conspiração

Os promotores dos EUA disseram terça-feira terem identificado mais de 170 pessoas por possíveis acusações criminais em conexão com o violento ataque ao Capitólio na semana passada e esperam que o número chegue a centenas nas próximas semanas, enquanto prossegue uma enorme caça aos desordeiros pró-Trump em todo o país.

Michael Sherwin, o procurador-geral assistente interino do Distrito de Colúmbia, disse a repórteres que mais de 70 pessoas foram acusadas até agora no Distrito de Colúmbia, com promotores processando pelo menos 100 outras pessoas.

“Esse número, suspeito, vai aumentar para centenas”, disse Sherwin durante um briefing sobre a extensa investigação federal aos distúrbios que deixaram cinco mortos, incluindo um policia do Capitólio dos EUA.

Enquanto isso, o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, disse que os apoiantes do presidente Donald Trump que atacaram o Capitólio dos EUA deveriam ser proibidos de voar. Ele chamou aos envolvidos no ataque de rebeldes que representam uma ameaça à segurança nacional e deveriam ser incluídos na lista de exclusão aérea.

"Não podemos permitir que esses mesmos rebeldes entrem em um avião e causem mais violência e mais danos", disse Schumer em entrevista colectiva. O democrata de Nova York está prestes a tornar-se o líder da maioria no Senado assim que o seu partido assumir o controle.

O FBI diz estar "activamente" a considerar a ideia da lista de exclusão aérea.

A investigação federal aos acontecimentos mortais de 6 de janeiro no Capitólio dos EUA por apoiantes de Trump está rapidamente a ganhar intensidade.

Sherwin disse que criou uma força de ataque de promotores de segurança nacional e de corrupção pública para acusações mais sérias de sedição e conspiração contra alguns manifestantes. Acusações que acarretam pena de até 20 anos de prisão.

A variedade de condutas criminosas num local - de uma simples invasão a roubo de correspondência e agressão a um polícias - não tem precedentes, disse Sherwin. Em muitos casos, os agentes do FBI usaram acusações menores para fazer detençōes.

Com as acusações apresentadas, disse Sherwin, os promotores podem agora indiciar os réus por acusações mais sérias.

Um grande júri federal em Washington, D.C. ouviu na segunda-feira várias horas de evidências apresentadas por promotores em vários casos de crimes envolvendo a posse de um dispositivo destrutivo e a posse de uma arma de assalto semiautomática.

Steven D'Antuono, director assistente encarregado do escritório do FBI em Washington, disse a repórteres que o bureau recebeu mais de 100 mil dicas fotográficas e de vídeo de membros do público após os tumultos.

O motim registou-se depois de milhares de apoiantes de Trump irritados por falsas afirmações de que a reeleição de Trump havia sido roubada marcharam da área da Casa Branca para o Capitólio. Centenas de pessoas invadiram as áreas que conectavam o Senado e as câmaras do Congresso, saqueando escritórios e confrontando-se com policias. A violência deixou cinco mortos, incluindo um agente adstrito ao Capitólio e uma apoiante pró-Trump morta pela polícia.

O episódio, o primeiro ataque violento em grande escala ao Capitólio dos EUA em mais de 200 anos, levou a um esforço democrata para acusar Trump de incitar a violência e levantou sérias questões sobre a incapacidade das agências da lei em evitá-la.

Trump classifica de "absolutamente ridícula" tentativa de impugnação dos democratas

Presidente Donald Trump fala a jornalistas antes de seguir para o Texas, 12 Janeiro 2020
Presidente Donald Trump fala a jornalistas antes de seguir para o Texas, 12 Janeiro 2020

Presidente americano afirma que "há muita raiva"

O Presidente dos EUA, Donald Trump, classificou de “absolutamente rídicula” a pressão dos legisladores democratas para impugná-lo a nove dias do fim do seu mandato.

Na primeira conversa com jornalistas desde a invasão do Capitólio por milhares dos seus apoiantes no passado dia 6, Trump rejeitou qualquer alegação de que ele tenha sido o responsável pelo caos que deixou seis pessoas mortas.

"Esta impugnação está a provocar muita raiva e eles estão a fazer isso, é realmente uma coisa terrível o que eles estão a fazer", afirmou Trump antes de embarcar para o Texas, onde foi ver o muro que ele construiu para impedir a imigração ilegal, que considera ser uma das suas maiores conquistas como Presidente.

Em relação à acusação de que ele teria incitado a rebelião, ele disse que “foi tudo analisado e as pessoas acharam que o que eu disse era totalmente apropriado".

O Presidente ainda argumentou que a tentativa de impugnação é a "continuação da maior caça às bruxas da história da política" e reiterou que que não quer mais violência quando Biden assumir o cargo.

No entanto, acrescentou que a tentativa de impugnação tem provocado “uma raiva tremenda" nas pessoas.

Entretanto, ainda hoje a Câmara dos Representantes deve votar uma resolução a pedir ao vice-presidente Mike Pence e aos membros do Governo que usem a sua autoridade constitucional para destituir Trump do cargo por ser incapaz

A medida, que deve ser aprovada com os votos dos democratas, estabelece um prazo de 24 horas para a resposta de Pence, que até agora não deu qualquer indicação de que apoia o afastamento de Trump.

Aliás fontes da Casa Branca apontam que Pence não o fará.

Ante a eventual recusa do vice-presidente e demais membros do Governo, os democratas vão aprovar eventualmente na quarta-feira, 13, a favor da impugnação do Presidente.

“O Presidente representa uma ameaça iminente à nossa Constituição, ao nosso país e ao povo americano, e deve ser destituído do cargo imediatamente”, sublinhou a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, para defender a posição dos democratas.

Embora o mandato de Donald Trump termine às 12 horas do dia 20, os democratas alegam no processo de impugnação que Trump “demonstrou que ele continuará a ser uma ameaça à segurança nacional, à democracia e à Constituição se permanecer no cargo” até lá.

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Não haverá julgamento de Donald Trump no Senado, diz conhecido jurista americano

General Colin Powell optimista quanto à situação no país, mas diz que o grande desafio é dialogar e enquadrar apoiantes de Trump

A invasão do edifício do Congresso americanos na semana passada por apoiantes do Presidente Donald Trump continua a ter reprecurssões através do país.

Não haverá julgamento de Donald Trump no Senado, diz conhecido jurista americano - 6:05
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Redes sociais proibiram o presidente Trump de ter acesso ao Facebook e Twitter, os Democratas aproveitando o vento de repulsa que se sente em todos os quadrantes da vida política do país pela invasão do edifício querem demitir ou impugnar o presidente antes do seu madato terminar a 20 de Janeiro.

Mas isso parece difícil e não só por uma questão de tempo como explicou o jurista Alan Dershowitz à cadeia de televisão Fox quando lhe perguntaram sobre a possibilidade do presidente ser julgado pelo Senado como requerido pelas leis que governam a impugnação de um presidente.

Alan Dershowitz (Foto de arquivo)
Alan Dershowitz (Foto de arquivo)

“Tudo o que os Democratas podem fazer é impugnar o presidente na Câmara dos Representantes porque para isso o que é necessário é apenas o voto da maioria e não é preciso angariar votos, não é preciso haver o envolvimento de advogados”, disse.

“Mas o caso não pode ir a julgamento no Senado porque o Senado tem regras e essas regras impedirão o caso de ir a julgamento até a uma hora da tarde a 20 de Janeiro, uma hora depois do presidente Trump deixar o cargo”, explicou Dershowitz fazendo notar que até essa hora quem controla o Senado são Republicanos.

Para o conhecido jurista da Universidade de Harvard a constituição fala da impugnação e depois a retirada do poder de um presidente “e não diz um antigo presidente”.

“O congresso não tem qualquer poder para impugnar ou julgar um cidadão privado quer seja um cidadão privado chamado Donald Trump ou um cidadão privado chamado Barack Obama ou qualquer outra pessoa”, disse Dershowitz para quem na lei de impugnação “a jurisdição está limitada a um presidente em exercicio e portanto não haverá um julgamento”

Se a Câmara dos Representantes impugnar o presidente haverá sem dúvida um debate sobre o que fazer no Senado.

Mesmo alguns Democratas estão relutantes em levar isso ao Senado por recearem que isso sirva apenas para atrasar ou desviar a atenção dos senadores das medidas e nomeções de Joe Biden que terão ser aprovadas por essa câmara.

O grande desafio é responsabilizar e reconciliar – Colin Powell

O Partido Repubicano esse está profundamente dividido com uma base muito forte de apoiantes de Trump a constituirem um sério problema para aqueles republicanos que só à ultima hora – alguns dirão demasiado tarde – disseram já chega.

O general Colin Powell foi o primeiro afro-americano a ocupar o cargo de Conselheiro Nacional de Segurança isso durante a presidência de Ronald Reagan. Foi depois o primeiro secretário de estado africano americano durante a presidência de George W Bush.

Colin Powell (Foto de arquivo)
Colin Powell (Foto de arquivo)

Falando à cadeia de televisao CNN ele disse que o país tem agora uma tarefa difícil, a de responsabilizar e reconciliar

“Este é um momento de responsabilição, de responsabilizar pessoas por coisas que fizeram que estão erradas e é tambem um momento de responsabilização porque muitas pessoas não usaram a responsabilidade que tinham”, disse Powell que manifestou confiança em que o o presidente eleito Joe Biden (“que eu conheço há muitos muitos anos”)“vai dar um sentido totalmente diferente aquilo que um presidente faz e portanto vamos sair disto bem”.

“O grande desafio vai ser como convencer todos os nosso cidadãos e não apenas aqueles que se intitulam de progressistas, como vamos convencer todos os nossos cidadãos que temos que mudar de novo a nossa sociedade que temos que voltar para uma via em que os americanos sentem-se de novo parte da nossa sociedade”, disse.

“Isto é um desafio: como falamos aquela porção da nossa sociedade que numa enorme percentagem votou por Trump”, disse o general na reserva para quem é preciso “argumentar uns com os outros, debater entre nós mas lembremo-nos que temos de nos amar”.

“Somos americanos, temos algo de nos sentir orgulhosos e temos que fazer com que o resto do mundo se sinta também orgulhoso de nós como foram durante tantos anos”, acrescentou.

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EUA: Tesouro sanciona suposta rede de desinformação russa

Andrii Derkach durante conferência em Kiev, 9 Outubro 2019 (arquivo)
Andrii Derkach durante conferência em Kiev, 9 Outubro 2019 (arquivo)

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções nesta segunda-feira contra associados e entidades afiliadas ao político ucraniano Andrii Derkach, que dizem operar uma rede de influência estrangeira apoiada pela Rússia que tentou influenciar as eleições presidenciais de 2020 nos EUA.

Os indivíduos sancionados são ex-funcionários do governo ucraniano Konstantin Kulyk, Oleksandr Onyshchenko, Andriy Telizhenko e o actual membro do Parlamento ucraniano Oleksandr Dubinsky.

O Departamento do Tesouro disse que Kulyk “formou uma aliança com Derkach para espalhar falsas acusações de corrupção internacional”. Acrescentou que Onyshchenko, um fugitivo da justiça ucraniana acusado de corrupção, "forneceu cópias de áudio editadas de supostas gravações de áudio de conversas entre ex-funcionários ucranianos e norte-americanos, que Derkach divulgou entre Maio e Julho de 2020 para desacreditar funcionários norte-americanos e influenciar as eleiçōes nos EUA . ” O Tesouro disse que Telizhenko organizou reuniões entre “pessoas dos EUA”e Derkach para “propagar falsas alegações sobre corrupção na Ucrânia ”.

Dubinsky juntou-se a Derkach em conferências de imprensa conjuntas "destinadas a perpetuar essas e outras narrativas falsas e denegrir os candidatos presidenciais dos EUA e suas famílias", disse o Tesouro, uma referência ao presidente eleito Joe Biden e seu filho Hunter.

Hunter Biden juntou-se ao conselho da empresa de energia ucraniana Burisma em 2014, gerando preocupações sobre as percepções de um conflito de interesses, visto que o pai, Joe Biden, estava profundamente envolvido na política dos EUA em relação à Ucrânia. Ele teria recebido 50.000 dólares ou mais por mês pelo cargo.

No mês passado, o jovem Biden revelou que está sob investigação federal por “potenciais violações criminais das leis tributárias e de lavagem de dinheiro”, relatou o New York Times.

"Levo esse assunto muito a sério, mas estou confiante de que uma revisão profissional e objectiva desses assuntos demonstrará que lidei com meus assuntos de maneira legal e adequada, inclusive com o benefício de consultores fiscais profissionais", disse ele em comunicado.

O Departamento do Tesouro também sancionou, nesta segunda-feira, três outros indivíduos do círculo de Derkach, incluindo Petro Zhuravel, Dmytro Kovalchuk e Anton Simonenko. Além disso, várias empresas de mídia que o Tesouro chamou de “empresas de fachada” associadas a Derkach também foram sancionadas.

Em Setembro, os Estados Unidos sancionaram Derkach, um membro do Parlamento ucraniano supostamente ligado à inteligência russa, e três outros agentes russos conectados à companhia de trolls da Agência de Pesquisa da Internet com sede em São Petersburgo.

As sanções dos EUA bloqueiam os interesses financeiros e de propriedade nos EUA dos quatro indivíduos, e os americanos estão proibidos de realizar qualquer transação comercial com eles.

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Biden nomeia ex-diplomata para director da CIA

William Burns (foto arquivo Março 2014)
William Burns (foto arquivo Março 2014)

Burns promete, se confirmado, "fortalecer a confiança e a cooperação de inteligência com nossos aliados e parceiros". 

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, deu mais um passo no seu esforço para renovar as agências de inteligência do país, anunciando nesta segunda-feira que nomeará o diplomata de carreira William Burns para ser seu director da Agência Central de Inteligência (CIA).

Burns, um veterano de 33 anos no Departamento de Estado dos EUA, serviu sob os presidentes republicanos e democratas, servindo como embaixador na Rússia do ex-presidente dos EUA George W. Bush e como vice-secretário de Estado do ex-presidente Barack Obama.

Em vídeo divulgado na segunda-feira, Biden elogiou Burns, de 64 anos, como um “diplomata exemplar”, dizendo que ele partilha a crença de que a inteligência deve ser apolítica.

Se confirmado, Burns substituiria a actual directora da CIA Gina Haspel, que trabalhou na agência por mais de três décadas antes de se tornar a primeira mulher a liderar a principal agência de espionagem do país em 2018.

Haspel manteve suas aparições públicas ao mínimo durante seu mandato, marcado pelo crescente antagonismo entre a Casa Branca e a comunidade de inteligência dos EUA, embora tenha entrado em conflito publicamente com o presidente cessante Donald Trump.

Um dos confrontos mais notáveis ocorreu em janeiro de 2019, quando ela e outros funcionários da inteligência contradisseram várias alegações da Casa Branca durante um briefing aos congressistas sobre ameaças.

No início deste mês, Haspel supervisionou um novo visual para o sitío da CIA num esforço para recrutar uma força de trabalho mais diversificada. Em um comunicado, ela disse que espera que o redesenhado sítio "desperte o interesse de americanos talentosos, dando-lhes uma noção do ambiente dinâmico que os espera aqui".

No vídeo divulgado na segunda-feira pela equipa de transição de Biden, Burns chamou a inteligência de "a primeira linha de defesa da América - a base indispensável para escolhas políticas sólidas".

“Sempre farei o meu melhor para entregar essa inteligência com honestidade e integridade, e sem qualquer indício de partidarismo”, disse ele.

Burns também prometeu, se confirmado, "fortalecer a confiança e a cooperação de inteligência com nossos aliados e parceiros".

Além de ameaças como a grande competição de poder com a Rússia e da China, terrorismo e ciberespaço, Burns disse que a CIA terá que enfrentar os “desafios cada vez mais poderosos” da mudança climática e da segurança sanitária.

A nomeação do diplomata de carreira parece ressoar com ex-responsáveis de inteligência e segurança, que elogiaram no Twitter a sua escolha. “Bill Burns é profundamente respeitado pela sua integridade, honestidade e compromisso com a força de trabalho”, escreveu Norman Roule, um ex-responsável de inteligência nacional para o Irão no Gabinete do Director ou Inteligência Nacional, chamando Burns de uma “escolha forte”.

Desde que se reformou em 2014, Burns dirige o Carnegie Endowment of International Peace. Ele recebeu três prêmios Presidential Distinguished Service Awards e as mais altas honras civis do Pentágono e da comunidade de inteligência dos EUA. Burns estudou na LaSalle University na Filadélfia, onde se formou em história e fez mestrado e doutoramento em relações internacionais na Oxford University, onde estudou como Marshall Scholar.

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Schumer alerta para possível violência aquando da tomada posse de Biden

Capitólio, Joe Biden e Donald Trump
Capitólio, Joe Biden e Donald Trump

O líder democrata do Senado insta o FBI a "perseguir implacavelmente ...rebeldes violentos" ligados à invasão do Capitólio dos EUA

O líder democrata do Senado dos EUA, Chuck Schumer, alertou no domingo para a ameaça de violência aquando da posse do presidente eleito Joe Biden a 20 de janeiro, especialmente após a invasão do Capitólio dos EUA na semana passada por milhares de partidários do presidente Donald Trump que tentaram bloquear a ascensão de Biden ao poder.

Schumer, que em breve será o líder da maioria no Senado, disse que falou com o diretor do FBI Christopher Wray no sábado "para instá-lo a perseguir implacavelmente a multidão de violentos rebeldes, incitados pelo presidente Trump, que atacou o Capitólio dos Estados Unidos e matou um polícia, bem a dar proteção contra potenciais ataques adicionais. ”

Da mesma forma, a presidente camarária de Washington, Muriel Bowser, em uma carta datada de sábado, pediu ao chefe interino da Segurança Interna, Chad Wolf, para estender o período de três dias para a designação de segurança nacional atualmente em torno da posse para um período de duas semanas começando nesta segunda-feira e prolongá-lo até 24 de janeiro.

Bowser deseja que o Departamento do Interior rejeite os pedidos de autorização de reunião pública durante esse período.

Trump anunciou na sexta-feira que não compareceria à posse de Biden, o que o tornaria o primeiro presidente da história moderna a não comparecer à posse de seu sucessor.

O vice-presidente Mike Pence deve comparecer, assim como os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama.

Os Serviços Secretos, que lideram uma equipa de agências envolvidas na segurança para a investidura, divulgou uma declaração na sexta-feira e que trabalha há mais de um ano "para antecipar e preparar-se para todas as contingências possíveis em todos os níveis para garantir um Dia de posse seguro e protegido. ”

E ha já apelos a protestos semelhantes online, disse o Twitter em comunicado na sexta-feira. “Planos para futuros protestos armados já proliferaram dentro e fora do Twitter, incluindo um ataque secundário proposto ao Capitólio dos EUA e aos edifícios dos capitólios estaduais a 17 de janeiro de 2021”, disse o documento.

Assim como numerosos adeptos de Trump apelaram ao protesto nas contas de mídia social, da mesma forma, há pedidos para mais manifestações quando Biden tomar posse como o 46º presidente do país, em um evento que os organizadores estão a chamar de "Marcha de Milícias". Alguns organizadores, que se autodenominam “gente comum cansada de ser pisada”, também convocam uma “Marcha Armada em Todas as Capitais dos Estados” para o dia 17 de janeiro, três dias antes da inauguração.

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Democratas pressionam impeachment de Trump

Apoiantes de Trump invadem Capitólio para contestar certificação resultados das presidenciais de 2020 pelo Congresso Washington, 6 Jan. 2021 (arquivo)
Apoiantes de Trump invadem Capitólio para contestar certificação resultados das presidenciais de 2020 pelo Congresso Washington, 6 Jan. 2021 (arquivo)

Os democratas na Câmara dos Representantes dos EUA avançaram no domingo para a destituição (impeachment) de Donald Trump nos últimos dias de sua presidência, alegando que ele deveria ser responsabilizado pela confusão da última quarta-feira que deixou cinco pessoas mortas no Capitólio dos EUA quando uma multidão de partidários de Trump passou pela polícia e entrou dentro do prédio.

Nenhuma decisão final foi tomada, mas a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, poderia apresentar uma resolução de destituição na segunda-feira acusando Trump de incitar uma insurreição em um esforço inútil para impedir o Congresso de certificar o voto do Colégio Eleitoral a favor do presidente eleito Joe Biden.

Biden assumiu uma posição neutra no movimento de destituição contra o presidente cessante, que ainda não concedeu a eleição, mas reconheceu que haverá um "novo governo" em Washington a 20 de janeiro.

“Em 10 dias, avançamos e reconstruímos - juntos”, disse Biden no domingo no Twitter. Um dos principais adjuntos de Pelosi no Congresso, o congressista Jim Clyburn da Carolina do Sul, disse ao programa "Fox News Sunday" que a Câmara poderia votar a destituição em poucos dias, embora a presidência de Trump de quatro anos termine na próxima semana com a posse de Biden, que derrotou Trump nas eleições de novembro, e a vice-presidente eleita Kamala Harris.

Pouco provável que Senado realize julgamento

Dado que Trump deixará o cargo dentro de alguns dias, há pouca probabilidade de que o Senado realize um julgamento de destituição antes do término de seu mandato, embora possa fazê-lo depois que ele sair e, se for condenado, impedi-lo de exercer um cargo federal novamente. Mas Clyburn disse que a urgência de destituição de Trump pela segunda vez é primordial, separada da absolvição do Senado em fevereiro passado por alegações de que ele pressionou a Ucrânia a desenterrar informaçōes negativas sobre Biden antes das eleições de novembro.

Clyburn reconheceu que iniciar o processo de destituição pode desviar a atenção da confirmação das escolhas do Gabinete de Biden no Senado, o esforço do novo presidente para impulsionar a economia dos EUA em declínio e aumentar a vacinação dos americanos contra o coronavírus.

A infecção já matou mais de 373.000 pessoas nos Estados Unidos e infectou 22,2 milhões, de acordo com os últimos dados da Universidade Johns Hopkins.

Em entrevista separada à CNN, ele sugeriu que a Câmara poderia votar pela destituição de Trump e, em seguida, atrasar o envio do caso ao Senado para julgamento até depois dos primeiros 100 dias do novo presidente no cargo.

Democratas aquém dos números necessários

A congressista democrata Ilhan Omar, de Minnesota, crítica de longa data de Trump, disse que apresentaria dois artigos de destituição contra Trump na segunda-feira por "abuso de poder" por pressionar autoridades eleitorais no estado da Geórgia a anular a vitória de Biden no estado e " incitação à violência por orquestrar uma tentativa de golpe contra nosso país ”com o assalto ao Capitólio.

Pelo menos 180 democratas da Câmara assinaram o esforço de destituição, mas que fica aquém da maioria de 218 na Câmara de 435 membros, e nenhum republicano expressou o seu apoio. Cerca de dois terços da bancada republicana na Câmara votaram na semana passada contra a aceitação dos resultados da eleição no estado da Pensilvânia, um entre meia dúzia de estados que Biden venceu por escassa margem para conquistar a presidência.

Silêncio da Casa Branca

Trump e a Casa Branca permaneceram silenciosos sobre a possível destituição. A Casa Branca diz que Trump está programado para visitar o Texas na terça-feira para destacar o trabalho de seu governo na construção do muro de fronteira que separa os EUA do México.

O senador republicano Roy Blunt, um republicano do Missouri e chefe do comité que planeia a posse de Biden, disse ao programa “Face the Nation” da CBS News que a destituição de Trump “claramente não vai acontecer entre agora e o último dia em que ele assumir o cargo . ”

Dois senadores republicanos, Lisa Murkowski do Alasca e Pat Toomey da Pensilvânia, pediram a renúncia de Trump, mas o presidente disse a assessores que não planeia fazê-lo.

“Eu acho que nesta altura, quando restam apenas alguns dias, é o melhor caminho a seguir, a melhor maneira de colocar essa pessoa para tras de nós”, disse Toomey no domingo na CNN, pedindo que Trump saisse voluntariamente . “Isso pode acontecer imediatamente. Não estou otimista quanto a isso. ” “Ele desceu a um nível de loucura e envolveu-se em atividades que eram absolutamente impensáveis e imperdoáveis.

O “canal da dissidência” dos diplomata

O ex-chefe de gabinete em exercício da Casa Branca Mick Mulvaney, que deixou o cargo de enviado especial de Trump para a Irlanda do Norte na semana passada para protestar contra os apelos de Trump a marchar até o Capitólio, disse à Fox News que "algo está muito diferente" nas acções de Trump no período pós-eleitoral em que enfrenta a derrota. Mulvaney disse que Trump pode reivindicar sucessos durante a sua presidência, mas acrescentou: "Tudo isso mudou na quarta-feira e não sei por quê". Mulvaney já foi congressista antes de ingressar na administração Trump, mas disse que se agora estivesse enfrentando uma votação para destituir Trump, ele teria que considerar isso "muito, muito a sério".

Enquanto isso, alguns diplomatas dos EUA condenaram a incitação de Trump ao ataque ao Capitólio e pediram o uso da 25ª Emenda à Constituição dos EUA para declará-lo como incapacitado e removê-lo do cargo.

Os enviados estrangeiros, usando o que é conhecido como o "canal de dissidência" do Departamento de Estado, disseram temer que o cerco da última quarta-feira possa minar gravemente a credibilidade dos EUA no exterior para promover os valores democráticos.

"Deixar de responsabilizar publicamente o presidente prejudicaria ainda mais a nossa democracia e a nossa capacidade de cumprir com eficácia as nossas metas de política externa no exterior", disse um dos telegramas enviados à liderança do Departamento de Estado.

Dezenas de partidários de Trump que invadiram o Capitólio, saquearam escritórios do Congresso e entraram em conflito com as autoridades já foram presos depois de identificados muitas vezes por meio de seus posts nas redes sociais.. A polícia está a tentar determinar como um polícia foi morto, possivelmente atingido por um extintor de incêndio em luta corpo a corpo com apoiantes de Trump. Até agora ninguém foi preso pela sua morte.

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Maioria de americanos quer que Trump seja afastado imediatamente após a violência no Capitólio

Presidente Donald Trump no comício de semis apoiantes, 6 de Janeiro, 2021
Presidente Donald Trump no comício de semis apoiantes, 6 de Janeiro, 2021

Cinquenta e sete por cento de americanos querem que o presidente republicano Donald Trump seja imediatamente destituído do cargo depois de ter encorajado um protesto, nesta semana, que se transformou em motim mortal dentro do Capitólio, indica uma pesquisa Reuters/Ipsos.

Grande parte dos inqueridos são democrata, mas há republicanos aparentemente muito mais favoráveis a Trump ser afastado a poucos do final do seu mandato, a 20 de janeiro.

A pesquisa nacional de opinião pública, conduzida quinta e sexta-feira, também mostrou que sete em cada dez dos que votaram em Trump em novembro se opuseram à ação dos apoiantes ferrenhos que invadiram o Capitólio, enquanto legisladores se reuniam para certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.

Quase 70% dos americanos pesquisados também disseram que desaprovam as acções de Trump no período que antecedeu o ataque de quarta-feira. Num comício no início do dia, Trump exortou milhares de seus seguidores a marcharem para o Capitólio.

O caos no Capitólio, no qual um polícia e quatro outras pessoas morreram, foi amplamente condenado por democratas e republicanos.

Os democratas na Câmara dos Representantes pretendem apresentar acusações de má conduta, na segunda-feira, que podem levar a uma segunda impugnação de Trump, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.

"Se o presidente não deixar o cargo iminente e voluntariamente, o Congresso continuará com a nossa acção", lê-se num comunicado da presidente da Câmara, Nancy Pelosi.

Capitólio americano retorna ao normal após o ataque
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Nancy Pelosi aborda com chefe do exército meios de impedir acções militares de Trump

Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, 3 janeiro 2021
Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, 3 janeiro 2021

Democratas querem afastamento ou impugnação do Presidente americano

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, revelou nesta sexta-feira, 8, ter abordado com o Chefe de Estado Conjunto das Forças Armadas formas de evitar que o Presidente Donald Trump lance um ataque ataque com armas nucleares ou provoca qualquer acto de consequências inimagináveis.

A acção de Pelosi segue a preocupações de democratas e também de alguns republicanos em torno das acções de Trump a 12 dias do fim do seu mandato.

“Esta manhã falei com o Chefe do Estado-Maior Conjunto, Mark Milley, para discutir as precauções disponíveis para evitar que um Presidente instável inicie hostilidades militares ou acesse os códigos que lhe permita ordenar um ataque nuclear”, disse Pelosi numa carta enviada aos seus colegas da Câmara.

Na nota, a líder democrata acrescentou que “a situação deste Presidente desequilibrado não poderia ser mais perigosa e devemos fazer tudo o que pudermos para proteger o povo americano de um ataque desequilibrado ao nosso país e à nossa democracia”.

Um porta-voz de Mark Milley disse à VOA que "ele respondeu às perguntas dela sobre o processo de autoridade do código nuclear", mas não deu detalhes sobre a conversa.

Mais tarde, Nancy Pelosi disse aos seus colegas parlamentares ter recebido garantias de que havia salvaguardas que impediriam Trump de tentar ordenar unilateralmente um ataque nuclear.

O Presidente americano tem autoridade exclusiva para ordenar o lançamento de uma arma nuclear e não requer da aprovação do Congresso ou dos seus conselheiros militares para o fazer.

Impugnação

No entanto, se um comandante militar determinar, a conselho dos seus advogados, que tal ordem é ilegal ela pode ser recusada.

Por outro lado, várias fontes citadas pela imprensa americana indicaram que, provavelmente, na segunda-feira, 11, os democratas darão entrada com um pedido de abertura de impugnação do Presidente Donald Trump que, entre outras acusações, é apontado como tendo promovido uma insurreição na quarta-feira, 6, no Capitólio.

Pelosi e colegas democratas querem que Trump seja responsabilizado pela invasão do Capitólio e a morte de cinco pessoas, em especial de um polícia que entrou em confrontos com os apoiantes do Presidente.

Na quinta-feira, 7, Nancy Pelosi informou ter pedido ao vice-presidente Mike Pence que active a emenda 25 da Constituição, que permite a destituição do Presidente em caso de doença mental e física, e que, caso não o fizesse, avançaria com a impugnação.

Não houve qualquer reacção de Pence até agora.

Entretanto, o Twitter anulou a conta de Donald Trump da rede social que ele usou durante toda a sua Presidência, por considerar que pode incentivar a violência.

Donald Trump confirma que não participará na cerimónia de posse do novo Presidente Joe Biden

Presidente Donald Trump chega ao comício em Washington, 6 janeiro 2021
Presidente Donald Trump chega ao comício em Washington, 6 janeiro 2021

O último Presidente que não assistiu à posse do seu sucessor foi Andrew Johnson, em 1869

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 8, que não participará na cerimónia de posse de Joe Biden a 20 de Janeiro, ao contrário do que é prática institucional.

O anúncio foi feito no Twitter no dia em que a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, anunciou que os democratas vão impugnar Trump pela primeira vez.

"A todos aqueles que perguntaram, eu não vou à cerimónia de posse a 20 de Janeiro", escreveu Trump no Twitter, sem dar mais detalhes.

A última vez, até agora, que um Presidente vivo não compareceu à posse do seu antecessor foi em 1869, quando Ulysses S. Grant recusou-se a dividir a carruagem com seu antecessor Andrew Johnson, que ficou na Casa Branca.

Antes, John Adams, em 1801 e John Quincy Adams, em 1829, tinham feito o mesmo.

O Presidente-eleito Joe Biden não fez qualquer comentário.

Entretanto, todos os antigos Presidentes vivos estarão presentes na cerimónia de posse, à excepção de Jimmy Carter, de 96 anos, por motivos e saúde.

Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama já confirmaram a sua presença.

Por outro lado, fontes próximas do vice-presidente Mike Pence admitem que ele possa assistir à posse, na qual deve transmitir o cargo à vice-presidente eleita, Kamala Harris.

Trump reconhece que haverá um novo Presidente e oferece transição suave

Donald Trump fala na Casa Branca um dia depois da violência no Capitólio, 7 janeiro 2021
Donald Trump fala na Casa Branca um dia depois da violência no Capitólio, 7 janeiro 2021

Em vídeo condena a invasão do Capitólio, agradece aos seus apoiantes e diz que a jornada apenas começa

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu na noite de quinta-feira, 7, que deixará o cargo em 20 de Janeiro e condenou a violência durante a invasão do Capitólio pelos seus apoiantes.

A primeira aparição de Trump aconteceu no fim do dia em que o Congresso confirmou a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de 3 de Novembro.

"Gostaria de começar por falar sobre esse ataque odioso ao Capitólio dos EUA. Como todos os americanos, eu estou revoltado com a violência, anarquia e desordem", afirmou Trump, que se dirigiu aos invasores: "Aos que participaram de actos de violência e destruição: vocês não representam o nosso país. E aos que desrespeitaram a lei: vocês vão pagar".

Trump também reconheceu que as "emoções estão em patamares altos" e que o país deve "retomar a calma".

Sem dizer, pela primeira vez, que a eleição foi fraudulenta, o Presidente reiterou que a campanha dele contestou o resultado das eleições para "lutar e defender a democracia americana".

Transição suave

Ao admitir que deixará o cargo em 20 de janeiro e que o Congresso certificou a eleição do novo presidente, Trump, que não mencionou o nome de Joe Biden em nenhum momento, voltou a prometer uma transição suave.

"O momento pede cura e reconciliação. 2020 foi um tempo desafiador para as pessoas", disse.

"Derrotar a pandemia e reconstruir a maior economia da Terra vai exigir de nós que trabalhemos juntos", afirmou Trump, para quem "precisamos revitalizar os laços sagrados de amor e lealdade que nos tornam uma grande família".

Agradecimento aos apoiantes

Em tom de despedida, o Presidente afirmou que "servir como Presidente foi a maior honra" da vida dele, para depois agradecer os seus apoiantes e piscar o futuro.

“Aos meus apoiantes maravilhosos, sei que estão desapontados, mas quero que saibam que a nossa jornada maravilhosa está apenas a começar".

Entretanto, no Capitólio, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schummer, pediram ao vice-presidente que accione a 25ª emenda da Constituição que permite a remoção de um Presidente em caso de doença física ou mental.

Não houve qualquer reacção de Pence ou dos republicanos que, no entanto, teriam de se unir em número significativo aos democratas para tentarem tal resultado na votação.

Também metade do Governo teria de assinar uma carta, juntamente com o vice-presidente, a pedir a remoção do Presidente.

De qualquer modo, Pelosi afirmou que se Mike Pence não avançar, a Câmara dos Representantes avançará com um novo processo de impugnação do Presidente Donald Trump.

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