A ZANU-PF, está a realizar a sua conferência anual tendo no horizonte as eleições do próximo ano
O partido do presidente zimbabueano, Robert Mugabe, a ZANU-PF, está a realizar a sua conferência anual tendo no horizonte as eleições do próximo ano, altura em que termina o mandato da frágil coligação que governa o país há 3 anos.
No local onde decorre a conferência, uma canção apela a todos os apoiantes do presidente Mugabe que se levantem para poderem ser contados. A mensagem é repetida incessantemente em Gweru onde o partido de Mugabe, a ZANU-PF está a realizar esta semana a sua conferência.
Your browser doesn’t support HTML5
Zimbabué: ZANU-PF prepara-se para eleições
De acordo como o porta-voz do partido, Rugare Gumbo, a conferência de Gweru a 300 km a sudoeste de Harare, reveste-se de particular importância: “ Esta conferência é fundamental porque vamos para uma eleição harmonizada no princípio do ano e temos que preparar o partido para uma vitória folgada. Temos que apresentar um programa que responda às preocupações do povo”.
Segundo Gumbo, Mugabe, de 88 anos de idade, deverá ser o candidato nas presidenciais que deverão realizar-se em Junho de 2013.
Em 2008 Mugabe reivindicou vitória, mas, os líderes regionais não aceitaram os resultados por causa da violência contra os apoiantes do partido do primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, o MDC. Desde então os dois líderes formaram um governo de partilha do poder.
Agora os dois partidos estão a confrontar-se devido a desacordos sobre o conteúdo da nova constituição. Uma nova constituição é uma das condições impostas pelos líderes regionais para poderem considerar que o Zimbabué teve eleições livres e justas.
Tsvangirai disse entretanto que o seu partido já começou a preparar-se para as eleições do ano que vem e que está a elaborar um programa para a sua campanha eleitoral.
Contudo para a ZANU-PF, perder as eleições do ano que vem está fora de questão. Para além disso, pretende recuperar a maioria parlamentar perdida em 2008. Para o porta-voz Rugare Gumbo, o partido está bem encaminhado:
“Estamos bastante confiantes. O partido está a funcionar plenamente e é muito forte. Falta apenas acertar alguns pormenores”.
Resta saber porém, concluem vários analistas, se estas eleições decorrerão pacificamente ou se degenerarão em violência tal como em 2008.