UNITA pede ao MPLA que respeite os resultados das urnas e não apoia adiamento das eleições

No balanço da campanha eleitoral, Paulo Lukamba Gato refuta acusações de ligações aos "marimbondos" e diz que partido vai resolver a situação dos delegados na diáspora

Numa conferência de imprensa para o balanço dos primeiros 15 dias da campanha eleitoral em Angola, o director de campanha da UNITA assegurou que o seu partido não quer o adiamento da eleições e desmentiu que a campanha esteja a ser financiada por marimbombos.

Lukamba Gato começou por devolver o apelo feito candidato do MPLA à Presidência da República, João Lourenço, a que aceite os resultados das urnas.

Your browser doesn’t support HTML5

UNITA pede ao MPLA que respeite os resultados das urnas e não apoia adiamento das eleições - 3:00

"Para que ele próprio aceite os resultados eleitorais das urnas e não procure fabricar resultados estranhos à vontade dos cidadãos, que respeite a constituição e a lei e deixe de interferir na CNE", disse Gato que refutou a ideia de uma eventual mudança da data das eleições.

"Esta iniciativa de se adiar a data das eleições interessa apenas ao MPLA porque pretende refazer da imagem que tem hoje, nós pensamos que a data para as eleições é esta e ponto", afirmou peremptório o director de campanha do partido do “galo negro”.

Veja Também Lourenço acusa UNITA e seu presidente de se aliarem a corruptos, oposição devolve a acusação

Por seu lado, segundo Lukamba Gato, a UNITA minimiza uma eventual contradição entre os partidos na oposição com grupos da sociedade civil que pretendem manifestar-se nesta quarta-feira, 17, para exigir à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) o cumprimento da lei e a resolução das irregularidades existentes no processo eleitoral.

A UNITA reiterou não ter recebido dinheiro de pessoas que sejam corruptas e que tudo não passa de estratégias de distração levadas a cabo pelo verdadeiro corrupto de Angola.

Veja Também Análise: Campanha eleitoral dominada pelo MPLA e UNITA

"É visível pela dificuldade que enfrentamos na campanha, que nós não recebemos de quem quer que seja financiamento, para além do Orçamento Geral do Estado e contribuição dos nossos membros", garantiu.

Em relação ao prazo dado pela CNE de 48 horas ao partido para mudar os seus delegados de lista para a diáspora devido a irregularidades processuais, Lukamba Gato minimizou o problema e esclareceu que “a área apropriada do partido vai publicamente, nas próximas horas, resolver isso, por ser questão mínima e fácil de ser resolvida".