Ucrânia/ Rússia: Angola apela ao cessar-fogo

Arquivo: Presidente de Angola, João Lourenço, e Presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Sochi na Cimeira Rússia - África. 24 Outubro, 2019

Ministério Relações Exteriores informa que está a trabalhar para a evacuação dos angolanos residentes nas áreas afectadas.

A República de Angola exortou, neste sábado, 26, às partes envolvidas no conflito, que opõe a Federação Russa e a Ucrânia, a observarem um cessar-fogo.

O Ministério angolano das Relações Exteriores defende, em nota de imprensa, que “as partes devem primar pela resolução pacífica do conflito”.

Veja Também Tropas russas e ucranianas combatem pelo controlo de Kyiv

"A República de Angola acompanha com preocupação os novos desenvolvimentos do conflito que opõe a Federação Russa e a Ucrânia", refere o documento que sugere às partes o diálogo político como caminho a seguir, em respeito do Direito Internacional e como consagrado na Carta das Nações Unidas.

O Governo angolano alerta para o facto de o conflito, além de causar danos humanos e materiais, ter resultado “num clima de tensão entre os dois países, com proporções internacionais”.

Em outra nota, o Ministério angolano das Relações Exteriores informa que está a trabalhar com as suas representações diplomáticas acreditadas na Rússia e na Polónia para a evacuação dos angolanos residentes nas áreas afectadas.

Veja Também Invasão da Ucrânia: Sissoco Embaló em silêncio mesmo após pedido da União Europeia

"O Ministério das Relações Exteriores da República de Angola tudo fará para salvaguardar a vida dos seus cidadãos residentes na Ucrânia", lê-se no documento.

Informações que circulam nas redes sociais, deram conta que, antes mesmo do início do conflito armado, os estudantes angolanos na Ucrânia estariam abandonados à sua sorte.

Veja Também Invasão da Ucrânia: Silêncio de Moçambique interpretado como estratégico por "depender" da ajuda externa

Em resposta, o Consulado de Angola no Reino Unido anunciou que estava a acolher os estudantes interessados em regressar, no posto fronteiriço Korezewa-Krokwets, a partir deste sábado, 26 de Fevereiro.

O período de evacuação da comunidade académica angolana na Ucrânia é, de acordo com o documento assinado pela Cônsul Geral de Angola no Reino Unido, Maria Teresa Victória Pereira, de sete dias a contar a partir de sábado.

Aos estudantes que têm interesse em regressar a Angola, o Consulado exorta o cumprimento das regras impostas pelas autoridades locais das regiões em que os mesmos são residentes, e seguir as instruções das autoridades.